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LU.CA estende "mão e braço" para escolas de Lisboa na nova programação

Um projeto para as escolas de Lisboa destinado a criar novas relações dos alunos com obras do Plano Nacional de Leitura (PNL) é uma das novidades da programação de setembro a dezembro do Teatro Luís de Camões (LU.CA).

LU.CA estende "mão e braço" para escolas de Lisboa na nova programação
Notícias ao Minuto

10:51 - 27/08/21 por Lusa

Cultura Teatro

"Mil-Folhas" é o nome do projeto que irá abranger alunos de todas as faixas etárias, do ensino pré-escolar ao secundário, de acordo com a programação de setembro a dezembro daquele teatro na Calçada da Ajuda, em Lisboa, divulgada hoje.

"O teatro a estender uma mão e um braço às escolas", foi como a diretora artística do LU.CA, Susana Menezes, definiu o "Mil-Folhas" à agência Lusa.

Um projeto que a responsável do teatro pretende que seja "de continuidade e de larga escala" e "que daqui a quatro anos chegue a todas as escolas de Lisboa".

"Contos", de Charles Pérrault, "Contos gregos", de António Sérgio, "Aventuras de João sem Medo", de José Gomes Ferreira, e "Amor de Perdição", de Camilo Castelo Branco, são as obras que estarão na base das primeiras edições do "Mil-Folhas".

Coordenada por Leonor Barata, a iniciativa resulta do "´feedback` que o teatro teve de alguns professores sobre a relação que os alunos têm com algumas matérias letivas, sobretudo a forma como encaram determinadas leituras obrigatórias", explicou Susana Menezes.

"Descobrir as partes escondidas das obras e enquadrá-las também com os autores e seu universo" são objetivos do projeto, que consistirá na apresentação de pequenas encenações, conferências, leituras, conversas ou oficinas nas escolas.

Com datas marcadas estão já três edições até dezembro -- a primeira decorrerá de 18 a 29 de outubro -, que abrangerão apenas "uma ou duas turmas".

"Não é uma proposta para 100 alunos, porque queremos que gere alguma proximidade e alguma discussão, já que acreditamos tratar-se de um projeto que possa trazer um novo olhar a estas crianças e estes adolescentes, mas gostaríamos que dentro de quatro anos chegasse a todas as escolas de Lisboa", frisou a diretora artística do LU.CA.

Música, cinema, conferências e oficinas constam também da nova programação do LU.CA, que abre a 01 de setembro, com uma oficina da realizadora Leonor Bettencourt Loureiro.

Residências artísticas acompanhadas, um projeto de apoio à criação artística para crianças e jovens, colmatando a ausência de espaços, meios técnicos e humanos de suporte aos criadores, é outra das novidades da programação.

No âmbito desta iniciativa, o teatro lançará, ainda em setembro, uma ´open call` a que podem candidatar-se artistas de teatro, dança, vídeo, música, poesia e cinema que desenvolvam ou pretendam desenvolver criações para crianças e jovens.

Ao longo de um ano civil, por quatro períodos específicos de uma semana cada, os artistas poderão usar o teatro, os seus meios técnicos e humanos para desenvolverem criações a apresentar noutros locais.

O regulamento deste projeto, que pretende "consolidar o LU.CA como um laboratório de experiências e de apoio à criação artística para crianças e jovens", será divulgado ainda em setembro no 'site' do teatro e na página do LU.CA na rede social Facebook, disse Susana Menezes.

Entre os destaques da programação de setembro a dezembro, a diretora artística realçou a estreia de "O Estado do Mundo (Quando Acordas)", um espetáculo da companhia Formiga Atómica que pode ser visto de 11 a 28 de novembro.

As alterações ambientais e a crise climática que o planeta atravessa são o tema "deste espetáculo quase de guerrilha sobre que mundo é este e de que forma nos queremos posicionar daqui para a frente".

A crise climática está também na origem de uma iniciativa paralela, igualmente da companhia de Inês Barahona e Miguel Fragata.

Trata-se de "Isto não é uma brincadeira" que, ao longo de oito pequenos episódios a disponibilizar no 'site' e na página do teatro no Facebook, integrará conversas com especialistas, encontros com artistas, refeições sem desperdício e tutoriais com ativistas.

Uma opereta em miniatura, "O anel do unicórnio", com libreto de Ana Lázaro, música de Martim Sousa Tavares e encenação de Ricardo Neves-Neves, é outra das novidades na programação do LU.CA até dezembro.

Com 20 sessões, entre 03 e 19 de dezembro, a opereta encerrará a programação de 2021.

O regresso de "Mais Alto!", um concerto concebido pelos músicos Francisca Cortesão e Sérgio Nascimento, e pela autora Isabel Minhós Martins, que também o comenta, é outro dos pontos alto da programação até dezembro.

"Venham mais cinco" e "A formiga no carreiro", duas canções de José Afonso, são, segundo Susana Menezes, alguns dos temas que podem ser ouvidos nos concertos, com sessões de 17 a 28 de setembro.

Na programação ´online`, "que continua a desempenhar um papel fundamental na relação entre o teatro e o público como no início da pandemia de covid-19", o LU.CA disponibilizará duas 'playlists'.

A primeira, na área da música eletrónica, da autoria do pianista e compositor Simão Costa, em setembro, e, a segunda, de música clássica, do maestro Martim Sousa Tavares, em dezembro.

Ainda no ´online`, a atriz Catarina Rôlo Salgueiro dará voz a "O Principezinho", um novo projeto áudio intitulado "Um livro aos bocadinhos", acessível a partir de 23 de dezembro.

Questionada sobre quando será divulgada a programação para 2022, Susana Menezes remeteu para "finais de outubro".

Com uma lotação de 150 lugares, o LU.CA abriu a 01 de junho de 2018, assinalando então o Dia Mundial da Criança.

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