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Exposição com 40 artistas inaugurada no Museu Berardo em setembro

Uma exposição com 40 artistas que exploram a temática da luz, através de um percurso pelas práticas artísticas em Portugal, desde meados de 1960 até à atualidade, é inaugurada a 15 de setembro no Museu Coleção Berardo, em Lisboa.

Exposição com 40 artistas inaugurada no Museu Berardo em setembro
Notícias ao Minuto

10:29 - 07/08/21 por Lusa

Cultura Museu Berardo

'Matéria Luminal' é o título desta exposição que estava prevista para julho de 2020, sobre temáticas relacionadas com a luz, mas acabou por ser adiada devido às restrições impostas pela pandemia covid-19 no ano passado, indicou à agência Lusa fonte do museu.

Com cerca de 40 artistas, a exposição tem curadoria de Sérgio Mah e reúne um conjunto diversificado de suportes --- pintura, desenho, escultura, instalação, fotografia, e vídeo ---, "permitindo discernir a amplitude de tendências, atitudes e processos estéticos e conceptuais que têm marcado a arte contemporânea nacional".

Até 09 de janeiro de 2022, o público poderá encontrar, nesta mostra coletiva, figuras centrais da arte contemporânea em Portugal, como Alexandre Estrela, Pedro Cabrita Reis, Ana Jotta, Eduardo Nery, Ângelo de Sousa, Diogo Evangelista, Fernando Brito, Gilberto Reis, Helena Almeida, João Maria Gusmão e Pedro Paiva, Fernando Calhau, João Paulo Feliciano e Jorge Martins.

Como tema transversal a toda a história da arte e a toda a história da imagem, a luz é explorada, nesta mostra, "nos seus múltiplos sentidos e declinações enquanto matéria e meio de expressão plástica e visual, enquanto motivo estético, poético e simbólico, e enquanto elemento fundamental na experimentação dos fluxos energéticos e percetivos".

Francisco Tropa, Jorge Molder, Julião Sarmento, Leonor Antunes, Lourdes Castro, Luís Noronha da Costa, Luísa Correia Pereira, Manuel Rosa, Miguel Palma, Jorge Pinheiro, José Luís Neto, Miguel Soares, Paulo Nozolino, Pedro Morais, René Bertholo, Rui Chafes, Sérgio Taborda, Silvestre Pestana, Vasco Lucena e Rui Toscano são outros dos artistas representados na exposição.

Para Sérgio Mah, o tema da luz é um "motivo estético, poético e alegórico, e parte integrante de uma cultura crescentemente imbricada com paradigmas tecnológicos e mediáticos com inevitáveis consequências na experiência da perceção".

A obra mais antiga nesta exposição é de 1965, "Sombra projetada de Ana Castro --- contorno azul", de Lourdes Castro, "obra paradigmática de uma época fértil em reformulações culturais na qual progride um vasto horizonte de miscigenações e hibridismos que irão contaminar as práticas artísticas", destaca Mah.

O curador considera ainda que, "de forma mais explícita ou subliminar, a luz como tema ou meio foi um fator relevante nesta conjuntura reflexiva e renovadora, a ponto de se tornar matéria significante para compreender o feixe de estratégias e inflexões desencadeadas pelas vanguardas artísticas que irão protagonizar a segunda metade do século XX".

A exposição inclui um número significativo de obras que recorrem a um largo espectro de materiais e aparelhos de iluminação, como lâmpadas de incandescência, fluorescentes ou LED, caixas de luz, velas, candeeiros e projetores de luz.

O sol e o fogo, a claridade, o céu e os corpos celestes, mas também a noite, a escuridão, o negro e a sombra, "são abundantemente representados e evocados como realidades concretas ou mediante as suas diversas declinações figurais, mas também através das suas ressonâncias poéticas, históricas e alegóricas", salienta o curador.

Além desta mostra, que inaugura a ´rentrée´ cultural do ano no Museu Berardo, vai continuar patente, até 02 de janeiro de 2022, a exposição "Seja Dia, Seja Noite, Pouco Importa" com obras inéditas dos artistas Pedro Calapez e André Gomes, constituída por pinturas, desenhos e fotografias.

Esta exposição - que vai buscar o título aos poemas de John Milton, o autor de "Paraíso Perdido" - ensaia um cruzamento entre os olhares e meios de expressão destes dois artistas, com um trabalho muito diferente entre si, mas no seguimento de uma longa cumplicidade relativa ao trabalho individual de cada um.

O museu tem ainda patentes as exposições permanentes "Coleção Berardo. Do Primeiro Modernismo às Novas Vanguardas do Século XX" e "Coleção Berardo. De 1960 à Atualidade".

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