A peça com o valor mais elevado de licitação é um quadro do pintor francês Jacques de Lajoüe (1686-1761), 'Jantar após a caça', que se prevê poder vir a atingir 100 mil libras esterlinas (cerca de 116.500 euros) e que parte com um valor de licitação de 65 mil libras.
Em declarações à agência Lusa, o responsável da leiloeira britânica Pedro Girão, disse que a família Espírito Santo tinha um gosto 'muito eclético e, com décadas de colecionismo sobre os ombros', o que permitiu 'construir uma coleção incrível de móveis, relógios e objetos de arte europeus, pinturas de antigos mestres, porcelana chinesa e europeia e pratas'.
Na coleção que está em praça, não há nenhum artista português representado, segundo o responsável.
Pedro Girão sublinhou que 'todas as peças têm um lugar muito especial no coração da família'. 'Rita Espírito Santo e as suas irmãs cresceram cercadas de incríveis obras de arte que passaram a fazer parte da memória de sua família', acrescentou.
As peças em leilão são provenientes das residências da família, em Cascais e Lisboa.
Entre os lotes em que a coleção foi dividida para ir à praça, o n.º 22 diz respeito a parte de um serviço de jantar 'Companhia das Índias' do padrão rosa, do século XVIII, com uma base de licitação de 11 mil libras esterlinas (cerca de 13.000 euros).
Com a coleção de Rita Espírito Santo vão a leilão três outras coleções privadas, a do homem de negócios Robert de Balkany (1931-2015), proveniente do seu palácio em Roma, a de decoração interior da Maison Jansen, em Eaton Square, em Londres, e, a terceira, de um apartamento em Wilton, no exclusivo bairro londrino de Belgravia, que pertenceu a um descendente de uma família da alta aristocracia russa, acrescenta a leiloeira.
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