Em nota de imprensa enviada à agência Lusa, a câmara liderada por Vítor Pereira salienta que foi realizado um vasto conjunto de intervenções destinadas a resolver problemas estruturais do edifício, tais como infiltrações ou as dificuldades ao nível da acessibilidade.

A informação destaca que o espaço permitirá, agora, "conhecer e compreender melhor o passado do concelho da Covilhã", através das diferentes épocas de ocupação do território, que estão ali representadas.

"O Museu pretende ser um instrumento divulgativo e lúdico que, utilizando recursos variados, acessíveis e inclusivos, ensine a história da Covilhã à diversidade da população visitante", aponta este município do distrito de Castelo Branco.

"O espaço apresenta uma organização cronológica dos conteúdos, distribuídos da seguinte forma: da Pré-história à Romanização (piso 3), Idade Média e Moderna (piso 2), Época Contemporânea (piso 1) e uma visão global da história da cidade e uma reflexão sobre o futuro, com recurso a interativos (piso 0)", está detalhado.

O município especifica ainda que "o piso 0 poderá funcionar autonomamente com visitação livre, servindo de ponto de partida para grupos e visitas guiadas na cidade", enquanto o piso -1 será utilizado como espaço multiúsos com capacidade para acolher exposições temporárias, palestras ou concertos, entre outras atividades.

"Cada núcleo temático é diferenciado por uma cor de destaque de modo a permitir a compreensão da evolução cronológica e histórica por piso. As peças museológicas, pertencentes ao espólio da cidade ou cedidas por terceiros, são expostas em mobiliário acessível (permitindo a sua visualização por visitantes independentemente da sua altura e do seu ângulo de visão) e assegurando as melhores condições de conservação", acrescenta.

A autarquia frisa ainda que o espaço vai ser dotado de conteúdos apresentados em diversas formas sensoriais.

"O discurso expositivo articula-se por meio de peças e objetos e de outros recursos como textos, fotografias, ilustrações, maquetes, cenografias, audiovisuais, interativos acessíveis, textos em braille, réplicas e imagens táteis, audiodescrição, legendagem e interpretação em língua gestual portuguesa", sublinha, acrescentando que os textos são escritos com base em "linguagem clara" e que haverá traduções de textos para inglês.

O Museu da Covilhã localiza-se na Rua António Augusto de Aguiar, junto à Praça do Município, no edifício histórico que acolheu a sede do Banco Nacional Ultramarino e em cuja fachada se destaca o trabalho de cantaria e a decoração em azulejos com temas alusivos ao comércio e aos Descobrimentos.

A cerimónia de inauguração está agendada para dia 29 de junho e deverá contar com a presença da ministra da Cultura, Graça Fonseca.

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