Numa conferência de imprensa, a organização do festival divulgou ainda que o filme "Flag Day", do realizador e ator norte-americano Sean Penn, também integra a competição oficial do evento, que terá lugar entre 06 e 17 de julho.
Estes realizadores juntam-se assim ao francês Leos Carax ("Annette", filme de abertura), ao norte-americano Wes Anderson ("The French Dispatch") ou ainda ao holandês Paul Verhoeven ("Benedetta"), cujos nomes já tinham sido divulgados.
Entre os 24 filmes que vão disputar a Palma de Ouro quatro são assinados por realizadoras.
Entre os filmes fora de competição, destaque para "De son vivant" de Emmanuelle Bercot, com Catherine Deneuve, Cécile de France e Benoit Magimel.
As filmagens desta obra foram interrompidas quando Catherine Deneuve foi hospitalizada.
Também hoje foi anunciada uma nova secção intitulada "Cannes Premières", que contará com novas obras de cineastas já consagrados, mas que não constam na competição.
Outra das novidades deste ano é a criação de uma secção efémera dedicada às questões ambientais.
No total, a seleção oficial da 74.ª edição do Festival de Cannes conta com 61 filmes.
A composição do júri desta edição, presidido pelo realizador norte-americano Spike Lee, ainda não foi revelada.
Na quarta-feira, a direção do evento anunciou que a atriz norte-americana Jodie Foster vai receber um prémio de carreira no festival, que foi adiado para o verão por causa da pandemia de covid-19.
A atriz e realizadora, que estará presente na abertura da 74.ª edição, é distinguida com a Palma de Ouro pelo "brilhante percurso artístico, por uma personalidade rara e pelo discreto, mas firme, envolvimento com alguns dos grandes temas do nosso tempo", justificou na quarta-feira a direção do festival.
Dos programas paralelos, sabe-se que o realizador norte-americano Frederick Wiseman, 91 anos, receberá o prémio de carreira da Quinzena de Realizadores.
Em maio, em entrevista à revista Variety, o diretor do festival, Thierry Frémaux, revelou que seriam feitos ajustes ao modelo do festival, tendo em conta o cenário de pandemia, nomeadamente com mais sessões ao ar livre.
Por ser um evento para mais de mil pessoas, o acesso ao festival será permitido apenas a quem esteja vacinado, ou apresente um teste negativo à covid-19 ou tenha imunidade comprovada, explicou então o representante.
Citado hoje pelas agências internacionais, Thierry Frémaux apelou, a propósito das questões logísticas do evento, à "prevenção" e à "prudência", argumentando que a pandemia do novo coronavírus ainda não foi "superada".
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