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Ministra lamenta perda de "uma das mentes mais brilhantes" do país

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamentou hoje a morte do ensaísta Eduardo Lourenço, que classificou de "uma das mentes mais brilhantes deste país".

Ministra lamenta perda de "uma das mentes mais brilhantes" do país
Notícias ao Minuto

10:02 - 01/12/20 por Lusa

Cultura Graça Fonseca

"Não posso deixar de lamentar profundamente a morte de Eduardo Lourenço, uma das mentes mais brilhantes deste país", disse Graça Fonseca, numa mensagem enviada à agência Lusa.

A ministra acrescentou que "Eduardo Lourenço foi um pensador, arguto e sensível como poucos, e incansável combatente do caos dos dias".

O ensaísta Eduardo Lourenço, de 97 anos, morreu hoje em Lisboa, confirmou à agência Lusa fonte da Presidência da República.

Professor, filósofo, escritor, crítico literário, ensaísta, interventor cívico, várias vezes galardoado e distinguido, Eduardo Lourenço foi um dos pensadores mais proeminentes da cultura portuguesa.

Eduardo Lourenço Faria nasceu em 23 de maio de 1923, em S. Pedro do Rio Seco, no concelho de Almeida, na Beira Baixa.

"O Labirinto da Saudade", "Fernando, Rei da Nossa Baviera", "Os Militares e o Poder" são algumas das suas principas obras.

Recebeu o Prémio Camões (1996), o Prémio Virgílio Ferreira (2001) e o Prémio Pessoa (2011).

Era Grande Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada, de que também possuía a Grã-Cruz, assim como da Ordem do Infante D. Henrique e da Ordem da Liberdade.

Era Oficial da Ordem Nacional do Mérito, Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras e da Legião de Honra de França.

Quando fez 95 anos, confessou, em entrevista à Lusa, que era "dificil assumir" o aniversário, porque sabia que era "o princípio do fim", mas que não o encarava "como uma coisa trágica", porque "todos estamos confrontados com essa exigência".

"A tragédia já é, em si, nós não podermos escapar àquilo que nos espera, seria uma injustiça para todas as outras pessoas, que eram os nossos e que já morreram, que nós não fossemos capazes de suportar aquilo que eles suportaram quando chegou o fim deles", afirmou. "É ir para a morte como se todos aqueles que nos conheceram e nós amámos estivessem connosco".

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