Meteorologia

  • 23 ABRIL 2024
Tempo
23º
MIN 13º MÁX 24º

Chimamanda Adichie vencedora dos vencedores do Women's Prize for Fiction

O romance 'Meio sol amarelo', da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, que venceu o Women's Prize for Fiction em 2007, foi eleito pelo público o melhor de todos os vencedores em 25 anos de existência deste prémio literário.

Chimamanda Adichie vencedora dos vencedores do Women's Prize for Fiction
Notícias ao Minuto

12:07 - 12/11/20 por Lusa

Cultura Women's Prize for Fiction

Treze anos após ter sido galardoada pelo seu romance sobre a guerra do Biafra e o confronto de etnias, Chimamanda Ngozi Adichie foi hoje eleita a "vencedora dos vencedores" numa votação feita pelo público, anunciaram os promotores do prémio.

O seu romance prevaleceu sobre os de autores como Zadie Smith, com 'Uma questão de beleza', Lionel Shriver, 'Temos de falar sobre o Kevin', Ali Smith, 'Como ser uma e outra', Rose Tremain, 'Sonata a Gustav', e Maggie O'Farrell, vencedora deste ano com 'Hamnet', entre outros.

Adichie segue assim os passos de Andrea Levy, que foi eleita a "melhor dos melhores" da primeira década do prémio, pelo seu romance 'Small Island', vencedor do Women's Prize for Fiction 2004.

Este prémio único marca o culminar das celebrações ao longo do ano do 25.º aniversário da premiação de vencedores inesquecíveis, refere a organização num comunicado.

Chimamanda Adichie, que se encontra atualmente em Lagos, Nigéria, afirmou-se "especialmente emocionada por ser eleita 'vencedora dos vencedores', porque este foi o prémio que trouxe um vasto público" ao seu trabalho, e foi também o que a apresentou "ao trabalho de muitos escritores talentosos".

A autora receberá uma edição de prata da estatueta anual do prémio, conhecida como 'Bessie', originalmente criada e doada pelo artista Grizel Niven.

Uma edição especial exclusiva de 'Half of a Yellow Sun' ('Meio sol amarelo' no título original) está agora também disponível na Waterstones. Em Portugal, o livro está editado pela Asa.

Muriel Gray, presidente do júri em 2007, ano em que 'Meio Sol Amarelo' ganhou originalmente o prémio afirmou que "embora seja por vezes pomposo chamar 'importante' a um livro, é apropriado dizê-lo de 'Meio-Sol Amarelo'".

"Para uma autora, tão jovem na altura em que o escreveu, ser capaz de contar uma história de tão grande escala em termos de sofrimento humano e das consequências do ódio e da divisão, ao mesmo tempo que agarra o leitor com personagens tão convincentes e um enredo tão enfeitiçante, é uma façanha espantosa", acrescentou.

Na opinião de Muriel Gray, a façanha de Chimamanda torna este romance não só um justo vencedor do mais especial destes prémios, mas também uma referência de excelência na escrita de ficção".

Chimamanda Ngozi Adichie nasceu e cresceu na Nigéria, país que deixou aos dezanove anos, para se mudar para os Estados Unidos da América e ingressar na universidade.

Autora de três romances, o seu trabalho está traduzido em trinta línguas.

O primeiro romance, publicado em 2003, foi 'A cor do hibisco', que ganhou o Prémio de Escritores da Commonwealth, o Prémio Hurston/Wright Legacy, e foi selecionado para o Prémio Orange de ficção

Seguiu-se 'Meio sol amarelo', assim chamado em homenagem à bandeira do Biafra, que retrata o que antecede e o que ocorre durante a guerra civil da Nigéria, e que foi distinguido com o Prémio Orange, além do Women's Prize, e foi finalista do Prémio Nacional do Círculo de Críticos Literários.

'Americanah', o seu terceiro romance, foi selecionado para o Women's Prize for Fiction em 2014.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório