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FITEI lança no Porto festival para público infantojuvenil

O Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI) apresenta no Porto, em 30 de outubro e 01 de novembro, uma primeira edição experimental de O Meu Primeiro FITEI, com dois espetáculos para público infantojuvenil.

FITEI lança no Porto festival para público infantojuvenil
Notícias ao Minuto

17:00 - 30/09/20 por Lusa

Cultura Festival

O diretor artístico do FITEI, Gonçalo Amorim, descreve esta como uma edição experimental e reduzida, mas com dois espetáculos, de Fernando Mota e Inês Campos, que dão ao público "duas maneiras de fazer teatro, duas maneiras de estar" e são "plasticamente muito ricos e politicamente interessantes".

"Já existiu, em tempos, o chamado FITEIzinho, precisamente dentro do FITEI, numa secção dedicada à infância e juventude. Entendemos, na ideia de desenvolvimento de públicos, encontrar um espaço não dentro do FITEI, que fosse outro momento", explicou à Lusa.

O Meu Primeiro FITEI, "condicionado pela atual pandemia" de covid-19, vai decorrer no Teatro Helena Sá e Costa, no Porto, com "Mapa", um "espetáculo multidisciplinar sobre os conceitos de território e fronteira, pertença e liberdade", lê-se na apresentação, e "Coexistimos", que junta dança, teatro, cinema, manipulação de objetos e "arquitetura em movimento".

Além das sessões presenciais para famílias, às 11h00 dos dois dias para 'Mapa', e às 16h00 para "Coexistimos", os dois espetáculos terão apresentações em 'streaming' para "algumas escolas", algo justificado pelo atual contexto pandémico mas também pela vontade de se aproximarem a comunidades mais periféricas e com menos acesso a cultura.

"Eventualmente, poderá ser uma versão para ficar no futuro, para chegar a escolas sem a mesma capacidade de circulação, ou periféricas, mas fora do contexto pandémico alargando as visitas a essas escolas, com oficinas"; exemplificou Gonçalo Amorim.

Ainda que o FITEI não esteja "deslumbrado com o 'online'", está a ser desenvolvida, para o próximo ano, "uma plataforma que permita não só ter o registo de espetáculos, mas também elementos formativos que possam ser utilizados por professores, ou por população mais periférica, não substituindo o presencial".

Depois do período pandémico, pretende-se complementar esses conteúdos, afirmou, "com a visita de um artista à escola" ou outras iniciativas, porque o formato à distância é "um complemento", ou "um primeiro momento nesta ideia de desenvolvimento de públicos", mas é no presencial "que se forma mais comunidade" e se sente uma "participação democrática".

A nova plataforma também poderá vir a ser usada "no FITEI grande, mas com parcimónia", mesmo como "um complemento para tentar extrair o lado positivo que o 'online' pode ter". "Não nos transferiremos para lá. Não estou deslumbrado, antes é uma ferramenta de aproximação a alguns públicos", resumiu.

Gonçalo Amorim descreve ainda 'Mapa', de Fernando Mota, como um espetáculo "sobre a tolerância e o contacto com o outro", que é "muito musical e performativo", de um músico e construtor de instrumentos que aproveita a sua "aura de viajante" para plasmar esse caminho na própria peça, atravessando crises humanitárias e vários territórios para falar disso a este público.

Já 'Coexistimos', de Inês de Pedra, conhecida por integrar o coletivo musical Sopa de Pedra, é uma performance "um bocadinho mais abstrata", com um cruzamento de várias disciplinas.

"Acho que é interessante apresentar um espetáculo que tenha esta componente experimenta, porque entendemos a infância e a juventude, também, como um sítio de experimentação estética. Este é um espetáculo que vive da sua componente plástica e expressiva", descreveu o diretor.

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