Salavisa: Gulbenkian recorda "colaborador fundamental" da sua história
A presidente da Fundação Calouste Gulbenkian lamentou hoje a morte do bailarino e coreógrafo Jorge Salavisa, "uma das mais destacadas personalidades da Dança e da vida cultural e artística portuguesa" e "colaborador fundamental da história da instituição".
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Cultura Óbito
Numa mensagem enviada à agência Lusa, a presidente do conselho de administração da Gulbenkian, Isabel Mota, lamenta "o desaparecimento de uma das mais destacadas personalidades da Dança e da vida cultural e artística portuguesa ao longo das últimas sete décadas".
O bailarino e coreógrafo Jorge Salavisa, que dirigiu o Ballet Gulbenkian e a Companhia Nacional de Bailado (CNB), morreu hoje, aos 81 anos, confirmou à agência Lusa fonte oficial da CNB.
Isabel Mota destaca "a brilhante carreira internacional" de Jorge Salavisa enquanto bailarino, que abandonou aos 36 anos e após a qual assumiu a direção artística do Ballet Gulbenkian, "que exerceu durante vinte anos e onde teve um papel decisivo na vinda a Portugal de alguns dos maiores coreógrafos mundiais da Dança Contemporânea e na formação de gerações sucessivas de bailarinos e coreógrafos portugueses".
A presidente da Fundação Calouste Gulbenkian "presta a mais sincera homenagem à memória deste colaborador fundamental da história da instituição, na certeza de que o seu legado continuará a servir de inspiração a todos os criadores, intérpretes, programadores e espectadores nos múltiplos campos em que o seu talento único se manifestou".
A notícia da morte de Jorge Salavisa foi avançada pelo jornal Público. Segundo aquele jornal, o bailarino e coreógrafo morreu em casa, em Lisboa, vítima de doença.
Nascido em Lisboa, em 1939, Jorge Salavisa iniciou os estudos de dança com Ana Máscolo e prosseguiu a sua formação artística em Paris, com Victor Gsovsky e Lubov Egorova, ingressando a seguir no Grand Ballet du Marquis de Cuevas, onde permaneceu até à extinção dessa companhia, em junho de 1962.
Entre 1977 e 1996 foi diretor do Ballet Gulbenkian, companhia que acabou por ser extinta em 2005.
Em 1998, assumiu a direção da CNB, mantendo-se no cargo até 2001. Jorge Salavisa também presidiu ao Organismo de Produção Artística, entidade gestora do Teatro Nacional de São Carlos e da CNB, entre maio de 2010 e janeiro de 2011.
Ao longo da carreira, Jorge Salavisa trabalhou com bailarinos e coreógrafos de renome como Bronislava Nijinska, Robert Helpmann, Daniel Seillier, Nicholas Beriosoff, Maria Fay, Roland Petit, Mary Skeaping, John Taras, entre outros.
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