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Teatro das Beiras estreia 'Pequeno Retábulo de García Lorca' na Covilhã

O Teatro das Beiras estreia na quinta-feira a peça "Pequeno retábulo de García Lorca", criação original a partir da obra daquele dramaturgo espanhol e que integra poesia, música e teatro, anunciou a companhia da Covilhã, distrito de Castelo Branco.

Teatro das Beiras estreia 'Pequeno Retábulo de García Lorca' na Covilhã
Notícias ao Minuto

10:48 - 14/07/20 por Lusa

Cultura Palco

Com dramaturgia e encenação de Gil Salgueiro Nave, esta é a 106.ª produção do Teatro das Beiras e pretende afirmar-se como uma oportunidade para dar a conhecer a obra do autor ao público, sendo a primeira vez que a companhia leva à cena uma peça inspirada na obra e vida de Federico García Lorca.

"Chegou o momento de trazer para o ar livre um dramaturgo que tanto se preocupou com o levar o teatro aos sítios mais recônditos da sua Espanha-natal e que tanto fez pela alfabetização cultural do seu povo, coisa que para o Teatro das Beiras é sempre um desígnio e uma prioridade", apontou Gil Salgueiro Nave durante a apresentação da peça.

O espetáculo recorre a várias disciplinas e inspira-se no "teatro de bonecos", o que leva os atores a terem máscaras e outras particularidades próprias dos figurinos desta dramaturgia.

'Pequeno retábulo de García Lorca' integra diferentes momentos, como, por exemplo, a interpretação do 'Pequeno retábulo de Don Cristobal e D. Rosita', bem como da canção 'Las Morillas de Jaén', que integra o pranto de três mouras que foram convertidas ao cristianismo, e ainda o poema 'Romancero Gitano', que retrata em poesia o povo cigano.

Elementos que se afiguram como memória histórica e uma proposta de reflexão sobre a questão, sempre atual, das etnias, das diferenças entre os povos e da necessidade de integração de diferentes culturas.

"Esta é uma problemática que se mantém no nosso tempo e este espetáculo também tem, nessa faceta, uma atitude ecuménica e humana", frisou Gil Salgueiro Nave.

Respeitando o facto de este ser um teatro que foi escrito para o povo, a peça destina-se a todo o tipo de público e será abrangente, de modo a contribuir para a "democratização cultural" e para "estimular o gosto pelas artes e pelas estéticas artísticas".

"Pensámos que estes espetáculos promovem a criação de públicos, porque são abrangentes, não deixam ninguém de fora. São entendidos pela sua linguagem, às vezes rude, menos cuidada, mas que é assim no seu original", acrescentou o encenador Gil Salgueiro Novo.

Esta criação também marca o regresso da companhia aos palcos no período pós-confinamento, pelo que já integra a necessidade de os atores manterem algum distanciamento entre si, de não falarem de frente e de se cruzarem de costas quando passam uns pelos outros.

Além disso, os espetáculos serão ao ar livre, com lotação reduzida e seguindo regras de distanciamento recomendadas pela Direção Geral da Saúde face à pandemia covid-19. As reservas devem ser feitas antecipadamente através do número de telefone 275 336 163 ou 963 055 909.

Em cena de quinta-feira a sábado e de 23 a 25, às 22:00, a peça conta com cenografia de Luís Mouro e interpretação de Fernando Landeira, Roberto Jácome, Sílvia Morais, Susana Gouveia e Tiago Moreira.

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