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'Ler Açores' quer combater a iliteracia e promover leitura

O programa 'Ler Açores' quer combater o analfabetismo primário e secundário, promovendo a literacia em todas as faixas etárias, afirmou hoje o secretário regional da Educação e Cultura, na apresentação da iniciativa.

'Ler Açores' quer combater a iliteracia e promover leitura
Notícias ao Minuto

15:18 - 28/05/20 por Lusa

Cultura Leitura

um plano regional de leitura contra o analfabetismo primário, hoje, felizmente, residual, próprio daqueles que não sabem ler, porque nunca aprenderam a ler. Contra o secundário, hoje ainda abundante, porque próprio dos que, sabendo ler, não o fazem", afirmou hoje o secretário regional da Educação e Cultura.

Avelino Meneses, que presidia à sessão de apresentação do programa "Ler Açores", que se realizou hoje na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Ponta Delgada, esclareceu que a iniciativa alcança todas as faixas etárias, dividindo-se em quatro subprogramas.

Assim, para os públicos mais novos, foram criados o "Ler para Crescer", para crianças e jovens dos 0 aos 14 anos, assente no triângulo biblioteca, escola, família, "com particular envolvimento de pais e professores", e o "Ler para Aprender", dirigido a jovens entre os 15 e os 25 anos, promovendo a leitura literária, explicou o governante.

Para os que têm mais de 25 anos, o executivo optou pela "promoção da leitura como meio de lazer", com a iniciativa "Alargar Horizontes", mas prevê, ainda, o "desenvolvimento do diálogo intergeracional", com os "Territórios de Leitura", que chegam a todas as idades.

Sob a coordenação da Direção Regional da Cultura, em colaboração com a Direção Regional da Educação, mas trabalhando, também, em parceria com outros departamentos governamentais, como a Secretaria Regional da Solidariedade Social, já que se enquadra nos eixos da Estratégia Regional de Combate à Pobreza e Exclusão Social, o "Ler Açores" passa a agregar o Plano Regional de Leitura, a Rede de Leitura Pública e a Rede Regional de Bibliotecas Escolares.

Para tal, serão integrados os trabalhos desenvolvidos, não só pelas bibliotecas escolares, mas também pelas três bibliotecas públicas regionais e pelas várias bibliotecas municipais da região.

Segundo a diretora regional da Cultura, Susana Goulart Costa, a intenção é "rentabilizar todo o trabalho local que já está a ser desenvolvido com estas redes, que já existem, mas também alargar".

A governante acrescentou que este programa vai também "cativar outras entidades, outros corpos, que também trabalham com a leitura, nomeadamente, os Museus Regionais e de Ilha, as Casas do Povo, Instituições de Solidariedade Social e as Sociedades Recreativas e Filarmónicas".

"O que se pretende é uma abordagem integrada, de parceria, de conjugação de esforços, com ênfase particular no leitor", concretizou.

Com este modelo, o executivo regional tem como principal objetivo a promoção da leitura, mas espera, também, "assumir a diversidade de suportes" de leitura, apostar na leitura enquanto estratégia de intervenção social, trabalhar em parceria com "um conjunto alargado de instituições e de pessoas" e atribuir a bibliotecas públicas, escolares e municipais um papel estruturante, já que estas têm uma "aproximação muito frequente e muito ágil com a população local", explicou Susana Goulart Costa.

Pretende-se, ainda, "diversificar a leitura", abrangendo textos literários, científicos, técnicos e artísticos.

Este programa, considerou Avelino Meneses, "altera razoavelmente o conceito tradicional que temos de biblioteca", que passa "agora a ser entendida como uma comunidade de leitores, com exigências diferenciadas, que obrigam à diversificação dos suportes, do físico ao digital".

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