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Livraria Barata em risco de fechar. "Precisamos de um balão de oxigénio"

A histórica livraria da capital anunciou que vai lançar uma campanha de crowdfunding para tentar que o negócio sobreviva à crise.

Livraria Barata em risco de fechar. "Precisamos de um balão de oxigénio"
Notícias ao Minuto

08:00 - 20/05/20 por Notícias ao Minuto

Cultura Livraria

A histórica Livraria Barata anunciou, ontem, que com a crise provocada pela pandemia corre o risco de fechar portas. 

"O comércio de proximidade tem vindo a sofrer muitas quebras, há muitos anos. A Barata é disso um exemplo. Mas, apesar disso, neste tempo de pandemia, acreditámos, nós próprios, que manter a porta aberta era indispensável. Fizemo-lo com grande sacrifício de toda a equipa envolvida. E sacrifício financeiro", começa por explicar, num comunicado divulgado nas redes sociais, a emblemática livraria lisboeta  

Sublinhando que a situação "é, de facto, complicada, financeiramente", conclui-se que para a livraria sobreviver precisa de ajuda, designadamente, que os clientes continuem a frequentar o estabelecimento e que seja criado um "pacote financeiro". 

"Precisamos de um balão de oxigénio imediato para podermos, primeiro, manter-nos a funcionar e, depois, para reactivarmos o negócio. (...) Por isso, decidimos lançar uma campanha de crowdfunding", pode ler-se na referida nota.

A criação desta angariação de donativos através de uma plataforma na internet já está a ser preparada e os detalhes sobre a mesma vão ser anunciados brevemente, sendo que quem contribuir terá "contrapartidas". 

"É uma decisão de grande responsabilidade porque queremos cumprir a nossa parte e garantir que o dinheiro que entenderem doar-nos será bem utilizado em prol do serviço que prestamos. Porque a palavra principal é esta: investimento. Queremos que vejam o vosso contributo como um investimento no futuro da Barata que queremos que seja também vosso", concretiza a mesma nota. 

Fundada em 1957, a livraria Barata, localizada na Avenida de Roma, foi criada para vender livros proibidos pelo regime salazarista, tornando-se, ainda hoje, num símbolo da resistência contra o fascismo em Portugal. 

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