Com texto de Bohumil Hrabal, a peça encenada e representada por António Simão subirá ao palco do Teatro da Rainha, onde terá mais duas representações nos dois dias seguintes.
Esta semana, na quinta-feira, a companhia com sede no Teatro da Politécnica, em Lisboa, apresenta no Facebook e no Youtube 'Emilia', de Claudio Tolcachir.
'Uma solidão demasiado ruidosa' tem cenografia e figurinos de Rita Lopes Alves e luz de Pedro Domingos.
Criada em 1997 e estreada no Centro Cultural de Belém, 'Uma solidão demasiado ruidosa' é retomada agora por António Simão não como uma reposição "mas como uma revisão da matéria dada".
Numa cave suja e sombria, em Praga, como se de um esgoto se tratasse, milhares de livros e centenas de ratos convivem com Hanta, o único personagem da peça.
Há 30 anos que Hanta empurra, de forma carinhosa, os livros, dos mais belos aos mais banais, para uma prensa que os tritura e transforma em cubos de papel.
Hanta é, no entanto, um "carniceiro terno", que sabe salvaguardar as palavras na memória para que elas voltem a brilhar e o ajudem a ver como pode ser a vida de um ser humano.