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Mário Laginha lança novo disco

O pianista Mário Laginha vai ser curador de um período de programação da Casa da Música durante 2014, ano da promoção do seu novo disco, "Terra Seca" que arranca no São Luiz, em Lisboa.

Mário Laginha lança novo disco
Notícias ao Minuto

18:00 - 14/12/13 por Lusa

Cultura Casa da Música

"A Casa do Mário" é o nome de um espaço novo de programação em que a Casa da Música convida alguém para, na dupla qualidade de compositor e intérprete, apresentar as suas escolhas. Como o nome indica, o primeiro escolhido é Mário Laginha que terá o seu ciclo de concertos entre 08 e 15 de julho.

"Foi um convite honroso", afirmou à Lusa Mário Laginha que vai trabalhar especialmente com dois dos agrupamentos residente da Casa da Música, a Orquestra e o Remix, mas que atuará também em trio com Julian Arguelles (saxofone) e Helge Norbarkken (percussões).

Para o Remix, Mário Laginha vai repescar uma obra encomendada para a inauguração da Casa da Música, em 2005. " 'Até aos ossos' é uma grande peça, com sete andamentos, com piano e saxofone como solistas, que nunca mais toquei", explica Mário Laginha.

Para a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música, Mário Laginha escolheu, além do seu "Concerto para piano e orquestra", obras de Béla Bartók, J. S. Bach e Bernd Alois Zimermann.

Coube ainda ao pianista propor ainda um concerto de um jovem solista da nova geração do jazz, Ricardo Toscano, já distinguido pelo Prémio Jovens Músicos.

Mas 2014 é também ano para o Mário Laginha Novo Trio apresentar ao vivo o disco que tem na origem o encontro do pianista com o guitarrista Miguel Amaral no espetáculo "Lágrimas", de Ricardo Pais.

"Fiquei muito impressionado com ele enquanto músico", explica Mário Laginha. "Logo quando o convidei para o projeto, já tinha ideias e isso foi fundamental. Em todos os temas que fui escrevendo, de vez em quando perguntava-lhe se aquele acorde seria possível na guitarra portuguesa. Esse 'work in progress' é um desafio apaixonante".

O disco "Terra Seca", que terá o primeiro espetáculo em fevereiro no São Luiz, em Lisboa, nasce dessa ligação de Laginha à guitarra portuguesa. "É um instrumento suficientemente especial e forte para se aventurar por mais coisas para além do fado. Aliás, a prova disso é que há, entre outros, o Carlos Paredes, o Pedro Caldeira Cabral, o Ricardo Rocha, que mostraram que se pode fazer coisas maravilhosas com a guitarra portuguesa, que não são fado".

Para o pianista, o cruzamento entre o jazz e a guitarra portuguesa, "é um terreno que não está explorado" e por onde ele fez uma incursão, seguindo "um bocado o instinto e influências de música que ouvia, desde o jazz clássico a guitarristas portugueses que sempre voaram" no seu imaginário.

O nome do disco surgiu dessa vontade de explorar: "As terras secas, por norma, são áreas pouco habitadas e para que se tornem férteis, têm de ser trabalhadas. Achei a analogia atraente, de estar numa zona pouco habitada musicalmente, há poucas coisas que se tenham feito, e, nada como tentar e experimentar", concluiu.

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