Carlos Gonçalves era "um dos mais destacados praticantes do fado"
O músico Carlos Gonçalves, que morreu na segunda-feira, aos 81 anos, foi um "intérprete superior e um dos mais destacados praticantes do fado da sua geração", afirma a ministra da Cultura numa nota de pesar hoje divulgada.
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Cultura Fado
Na mesma nota, Graça Fonseca diz que Carlos Gonçalves "deixa uma vasta obra discográfica e um percurso artístico feito de projetos e concertos que foram fundamentais para o relançamento e projeção da guitarra portuguesa no nosso país e fora dele, tendo acompanhado e dirigido os maiores nomes do fado".
"A sua técnica e sensibilidade musical evidenciam-se na composição de diversos arranjos e de músicas para a voz de Amália Rodrigues", lê-se na mesma nota divulgada hoje pelas 21:00.
Gonçalves, escreve a ministra, "musicou um grande conjunto de fados sobre letras da artista [Amália Rodrigues], com destaque para 'Lágrima' e 'Grito'".
"Além destes dois temas fundamentais no repertório de Amália Rodrigues, o guitarrista esteve presente na criação de muitos outros temas que integram a sua discografia", acrescenta a ministra.
Graça Fonseca recorda que "num prolongamento da sua extensa e brilhante carreira, Carlos Gonçalves desenvolveu atividade pedagógica, tendo orientado vários jovens guitarristas como professor de guitarra portuguesa".
O guitarrista Carlos Gonçalves morreu segunda-feira, em Lisboa.
A Enciclopédia da Música em Portugal no século XX, aponta-o como "um dos mais destacados intérpretes de fado da sua geração".
O músico iniciou carreira em 1957 e atuou em várias casas de fado, entre elas, a Adega da Anita, Clube de Fado ou o Fado Maior.
Na década de 1990, dedicou-se ao ensino da guitarra portuguesa a jovens músicos, como Paulo Silva ou Bernardo Couto.
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