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Graça Fonseca lamenta morte de Fernando Lemos, a quem Cultura muito deve

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, disse que "lamenta profundamente" a morte do fotógrafo, pintor e designer gráfico Fernando Lemos, de 93 anos, ocorrida hoje em São Paulo, Brasil, especificando que a cultura portuguesa tem-lhe várias dívidas.

Graça Fonseca lamenta morte de Fernando Lemos, a quem Cultura muito deve
Notícias ao Minuto

20:15 - 17/12/19 por Lusa

Cultura Óbito

"A Cultura portuguesa deve-lhe a experimentação na palavra, na imagem, na edição, mas igualmente na resistência à ditadura e na ousadia de não se submeter a formas, num compromisso artístico e ético inabalável", declarou a ministra, em depoimento enviado à agência Lusa.

A responsável pela pasta da Cultura recordou também que Fernando Lemos, natural de Lisboa, onde estudou na Escola António Arroio, fez parte, inicialmente, do movimento surrealista português.

No seu texto, Graça Fonseca lembrou que Lemos, "em 1952, antes do seu exílio no Brasil, por oposição à ditadura salazarista, participou numa exposição que reuniu trabalhos seus em conjunto com os artistas Marcelino Vespeira e Fernando Azevedo, na Casa Jalco. No mesmo ano dirigiu, com José-Augusto França, a Galeria de Março. Participou também, em 1959, na Exposição 50 Artistas Independentes da Sociedade Nacional de Belas-Artes e, em 1961, na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian".

A ministra considerou ainda que, apesar de "um percurso artístico longo e diverso nas abordagens", a obra de Lemos "nunca coube numa única definição".

A este propósito, nas palavras de Graça Fonseca, Fernando Lemos "dizia ser a soma de 'atividades que têm vários nomes', fotógrafo, pintor, desenhista, 'designer', mas também escritor, poeta, pensador, num permanente desejo de experimentar linguagens, técnicas e expressões".

O fotógrafo, artista plástico e designer gráfico Fernando Lemos, nascido em Portugal e de nacionalidade brasileira, morreu hoje numa unidade hospitalar da cidade de São Paulo.

Fernando Lemos pertence à terceira geração de modernistas portugueses e o seu trabalho foi inicialmente inspirado pelo movimento surrealista.

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