O ciclo 'Histórias de Jazz em Portugal', uma coprodução do Hot Clube de Portugal (HCP) e do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, realizou-se entre janeiro de 2014 e maio de 2015 e incluiu uma série de concertos ao vivo "com formações surpreendentes do jazz em português", recorda o HCP num comunicado enviado à agência Lusa.

A direção do HCP decidiu que "seria interessante ter um registo fonográfico destes concertos" e os 70 anos daquela instituição "foram o mote para se avançar com esta ideia".

O primeiro disco, do espetáculo do saxofonista Jorge Reis, em abril de 2014 no Hot Clube de Portugal, seis meses antes de este ter morrido, foi editado no ano passado.

Em outubro são editados outros quatro álbuns e esse facto será assinalado com quatro espetáculos no HCP: a 08 de outubro, com o contrabaixista Zé Eduardo e o pianista João Paulo Esteves da Silva; a 09 de outubro o contrabaixista Nelson Cascais com Men Tor (projeto dedicado a Jorge Reis); a 15 de outubro o baterista André Sousa Machado; a 22 de outubro o pianista Gonçalo Moreira.

Os espetáculos são de entrada livre e os discos estarão à venda no HCP a partir do início de outubro.

O ciclo "Histórias de Jazz em Portugal" foi criado pelo crítico e programador António Curvelo e pelo músico Manuel Jorge Veloso, com o objetivo de divulgar "o momento único" que o jazz português está a viver, com várias gerações de músicos no ativo, como disseram à agência Lusa em 2014.

O pianista Mário Laginha foi o primeiro convidado deste ciclo de concertos e conversas, que arrancou em janeiro de 2014 no Centro Cultural Vila Flor e estendeu-se até maio de 2015, com sessões todos os meses, intercaladas entre Lisboa e Guimarães.

A direção do HCP, no comunicado enviado à agência Lusa, defende que a "grande relevância" do ciclo "Histórias de Jazz em Portugal" prende-se, "por um lado, "com a sua abrangência, quer territorial quer geracional, e, por outro, com a sua transversalidade estilística".

Com o ciclo, recorda a direção do HCP, "procurou chamar-se a atenção para o grande leque de músicos de qualidade que existe em Portugal e de alguma forma prestar-lhes um tributo, permitindo que falassem sobre o seu percurso (o ciclo tinha uma componente de entrevista) e que escolhessem músicos para estes concertos 'carta branca', na maior parte dos casos fora do circuito normal das suas formações - este requisito tornou alguns destes encontros irrepetíveis".