E se sucesso de Einstein tivesse por base um equívoco? Este livro explica
'A Fórmula' é o livro de Albert-László Barabási que traz a público cinco leis científicas que explicam o sucesso.
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Cultura Sucesso
"Ser o melhor do mundo não basta. É preciso ser-se reconhecido como tal". Quem o diz é Albert-László Barabási, professor de ciência das redes na Northeastern University, onde dirige o Centro de Estudo de Redes Complexas.
O também professor no Departamento de Medicina da Faculdade de Medicina de Harvard e na Central European University de Budapeste deixou-se fascinar por este lado aparentemente aleatório do sucesso. E, durante uma década, este que é um dos maiores especialistas mundiais em Teorias de Redes e a sua equipa procuraram encontrar leis científicas que justificassem o fenómeno.
Com efeito, descobriram cinco leis científicas que, no livro 'A Fórmula', são ilustradas com histórias fascinantes, desde a gravação do mais bem sucedido disco de jazz, 'Kind of Blue', ao modo como o 'graffiter' Basquiat alcançou fama mundial.
Uma das histórias que poderá encontrar neste livro com chancela da Leya é relativa a Einstein, nomeadamente quando o físico foi pela primeira vez aos Estados Unidos. Na altura, em 1921, o cientista era visto com desconfiança e ninguém percebia a Teoria da Relatividade, conta o comunicado enviado à redação do Notícias ao Minuto.
Ainda assim, foram enviados jornalistas que foram incumbidos de fazer uma reportagem à sua chegada. Para surpresa dos repórteres, uma imensidão de pessoas esperava Einstein. Depois disso, estavam lançados os 'dados' do sucesso. O New York Times e o Washington Post renderam-se ao génio. "O mito acabara de nascer", considera Albert-László Barabási.
O autor questionou-se sobre esta mudança, uma vez que o físico já era conhecido, mas foi aquele o momento em que a perceção mudou. "Era a Fórmula em funcionamento", defende. Por outras palavras, o docente considera que "ser o melhor do mundo não chega - é preciso, isso sim, ser-se reconhecido como tal. A regra aplica-se em situações tão diversas como a pontuação dos vinhos, em concursos como American Idol ou até na atribuição dos prémios Nobel".
Em comum às cinco leis que Albert-László Barabási divulga no livro está "justamente o funcionamento das redes que promovem o reconhecimento público". Considera o autor que basta pensar no episódio com Einstein, já que "o mito começou com um equívoco". Sim, leu bem. Explica o autor que as pessoas que estavam no cais não esperavam o físico, "tinham lá ido para saudar a delegação sionista, da qual o cientista era apenas um convidado secundário".
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