Festival Novas Invasões em Torres Vedras com a Alemanha em destaque
A Alemanha é o país convidado do Festival Novas Invasões, que entre 29 de agosto e 01 de setembro recria a época das Invasões Francesas em Torres Vedras.
© iStock
Cultura Cultura
Durante quatro dias, o festival vai ter uma centena de manifestações culturais não só para recriar a época das Invasões Francesas, há 200 anos, mas também para mostrar a inovação dos agentes culturais e outras culturas, foi revelado hoje em conferência de imprensa.
Entre as produções nacionais, destaca-se a estreia da ópera comunitária 'É possível resistir', pela Associação de Ópera e Artes Contemporâneas.
Com libreto de Rui Zink, música de Luís Soldado e encenação de Linda Valadas, a ópera junta 80 pessoas, desde profissionais, estudantes e elementos de associações artísticas e culturais da cidade.
Nesta terceira edição, vão estar presentes 12 companhias de quatro países e ainda associações culturais locais a dar a conhecer cinco projetos concebidos para o festival, depois das bolsas de incentivo à criação artística lançadas pela Câmara Municipal, que organiza o evento.
A Alemanha leva ao festival produções artísticas e um ciclo de cultura, com eventos de gastronomia, literatura, dança e música.
Deste país participam a companhia Theather Titanick, pela terceira vez em Portugal em 20 anos, com uma produção inspirada no imaginário medieval e na pintura de Hieronymus Bosh; Photini Meletiadis, com a performance de dança "Tao"; e a reprodução do vídeo de um bailado criado por Oskar Slemer, professor da escola de arte Bauhaus.
O escritor Paulo Condessa vai também percorrer o festival numa bicicleta, trazendo na bagagem poemas e citações de autores alemães.
De Espanha, surgem a companhia Cia Holoqué, com um espetáculo de marionetas holográficas, a exibição do documentário de Phillipp Hartman e também Jean Phillipe Kikolas, num espetáculo em que conjuga técnicas de palhaço com artes circenses.
A França faz-se representar pela companhia Cie, com a performance "Les Irreéls", convidando os visitantes a experimentar o acampamento habitado por seres irreais, e pela produção "O último momento", apresentada em 2006 no Festival d'Avignon.
Portugal dá-se a conhecer ainda através do teatro de marionetas, levadas ao festival pelas companhias A Bolha e Pia, apresentando esta última um espetáculo com marionetas de grandes dimensões.
Durante os quatro dias, o artista plástico Gil Ferrão vai construir uma escultura a partir de objetos encontrados nas ruas da cidade, para a peça vir a ficar exposta em permanência na Praça Machado Santos após o evento.
O programa conta ainda um mercado oitocentista, com 70 bancas, desde tabernas a espaços de recriação de ofícios ao vivo e vendedores, e animações permanentes com gaitas de foles e grupos etnográficos.
O festival, com eventos a acontecerem em fortes, no castelo, em associações e pelas ruas e praças do centro histórico, conta ainda com 'workshops', cortejos de iluminarias, jogos tradicionais, passeios a cavalo e de burro e leitura de contos.
Durante os quatro dias, a organização espera por mais de 32 mil visitantes, o número da edição de 2017 (o festival é bianual).
Com o evento, a autarquia pretende dinamizar o centro histórico da cidade, aproveitar espaços públicos requalificados e enriquecer a oferta cultural a pensar sobretudo nos turistas.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com