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Palácio Nacional de Sintra abre à noite e gratuitamente

Mas atenção, a entrada livre implica inscrição prévia.

Palácio Nacional de Sintra abre à noite e gratuitamente
Notícias ao Minuto

17:11 - 12/08/19 por Natacha Nunes Costa

Cultura Sintra

Na próxima quarta-feira, dia 14 de agosto, o Palácio Nacional de Sintra vai abrir à noite para apresentar uma novidade no seu circuito museológico, um 'Leito de Aparato' em pau-preto de Moçambique, com decoração rica em prata lavrada e produzido em Portugal no século XVII.

Esta cama é uma peça única em território nacional e será apresentada num ambiente noturno, visto que, de acordo com a Parques de Sintra, este é o cenário mais apropriado para apresentar esta peça rara.

As visitas são gratuitas e decorrerem entre as 20h30 e as 00h30, contudo, é necessário uma inscrição prévia pois o evento está limitado a 2500 pessoas.

O Leito de Aparato do século XVII, que agora integra a coleção do Palácio Nacional de Sintra, foi adquirido pela Parques de Sintra, em dezembro de 2016, e sujeito a trabalhos de conservação e restauro, entre 2017 e 2019. Pertenceu à Casa Ducal de Cadaval e reflete o elevado estatuto social e económico dos seus proprietários. Este tipo de cama não se destinava, porém, ao uso quotidiano.

Era uma peça de mobiliário de valor simbólico e de ostentação, que se reflete nos materiais luxuosos de que é constituída. O seu uso pelas famílias reais e pela elite nobiliárquica estava associado a momentos marcantes na continuidade da dinastia ou da linhagem: casamento (fortalecimento da casa), nascimento (sucessão legítima da casa) e morte (perpetuação da memória).

Apenas se conhece um exemplar semelhante a este. Essa outra cama encontra-se em Espanha e faz parte do espólio da Basílica de Santa Maria de Elche, em Alicante. É igualmente de produção nacional e quase idêntica à que agora pode ser vista no Palácio Nacional de Sintra.

A incorporação deste Leito de Aparato no circuito expositivo deste monumento nacional oferece ao público a possibilidade de conhecer um exemplo notável da excecionalidade das artes decorativas portuguesas, que há muito estava referenciado por especialistas da área como devendo integrar o universo museológico nacional, dada a sua raridade.

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