Festival de Woodstock: Três dias de paz e amor

Faz esta semana 50 anos que 400 mil fãs de música se juntaram numa fazenda, no Estado de Nova Iorque, para "três dias de paz e amor". O festival de Woodstock, que ocorreu de 15 a 18 de agosto de 1969, contou com a participação de algumas das maiores personalidades do mundo da música naquela altura, tais como The Who, Janis Joplin, Grateful Dead e Jimi Hendrix.

Meio século depois do lendário evento, que durou três dias e que é lembrado como um momento crucial na história da música popular, relembra-se a música, as ideias e tudo o que o festival de Woodstock representou e ainda hoje representa.

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(Primeira foto da esquerda: Wikimedia/CC BY-SA 3.0)

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Paz e Amor Um anúncio de promoção ao festival, publicado numa revista. O bilhete diário custava 7 dólares (48.86 dólares em 2019). O anúncio salienta que os festivaleiros poderiam ficar três dias sem ver um semáforo ou arranha-céus. Repare-se que o nome de Jimi Hendrix não está entre os destaques.

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A caminho de Woodstock A estrada para aquele que viria a ser um festival icónico. O afluxo de festivaleiros à zona rural de Bethel deu origem a um enorme congestionamento.

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Multidões na 'Happy Avenue' As transmissões das estações de rádio e e as imagens do trânsito transmitidas na televisão desencorajaram muitas pessoas, que optaram por não marcar presença no festival.

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Tempo para relaxar A caminho do festival, um grupo de quatro jovens desfruta de um piquenique e de alguns momentos de paz.

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Levar a mensagem para casa A mensagem de paz e amor e o descontentamento com a guerra foram levados para todos os lados. O Woodstock decorreu durante a Guerra do Vietnam, tendo se tornado numa plataforma para qualquer tipo de manifestação contra a guerra.

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A fazenda de Max Yasgur

A vista da colina sobre o outro lado do palco. O recinto do festival tornou-se rapidamente num lamaçal, uma vez que choveu torrencialmente durante longos períodos dos três dias do evento. (Foto: Wikimedia/CC BY-SA 3.0)

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Cerimónia de abertura O indiano Swami Satchidananda, professor religioso, mestre espiritual e adepto de ioga, fala durante a cerimónia de abertura do festival.

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Boa imagem e bom som

Enormes torres de iluminação e de som foram construídas para acomodar as colunas de som e os holofotes Super Trouper. (Foto: Wikimedia/CC BY-SA 4.0)

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Atuação na abertura

Coube a Richie Havens, cantor do género folk, ser o primeiro artista a atuar no festival. Uma apresentação discreta que durou quase três horas e que catapultou-o para o estrelato.

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Acomodações em tendas

Algumas das tendas no festival de Woodstock. Diversos carros da Volkswagen estiveram na zona de acampamento do festival. A parte de trás do palco pode ser vista no fundo da foto. (Foto: Wikimedia/CC BY-SA 3.0)

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Tempo para a música A chuva, os problemas técnicos e o atraso na chegada de vários artistas testaram a paciência de muitos festivaleiros, tal como mostra esta imagem, onde várias pessoas parecem estar impacientes.

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Verão indiano

Ravi Shankar, mestre do sitar, foi alegadamente um participante relutante do festival. O músico não gostava do local e veio mais tarde a distanciar-se do movimento hippie. A sua atuação, no dia 15 de agosto (sexta-feira), contou com chuva torrencial. (Foto: Wikimedia/CC BY-SA 4.0)

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Atuação de classe Carlos Santana (à direita) e o baixista David Brown atuaram com os restantes músicos da banda Santana, durante a tarde de sábado, 16 de agosto. Aos 20 anos, Michael Shrieve, baterista da banda, era o músico mais jovem do festival. O seu solo na bateria, durante o tema 'Soul Sacrifice', foi um dos destaques do Woodstock.

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Icónicos Os Grateful Dead (na fotografia que foi tirada em 1970) atuaram na noite de sábado, 16 de agosto. A atuação teve de ser interrompida porque os amplificadores ficaram sobrecarregados durante o tema 'Turn on Your Love Light'.

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Transporte aéreo Helicópteros do exército dos Estados Unidos levaram mantimentos para a esfomeada multidão. Água, frutas, enlatados, 10 mil sandes, cobertores e medicamentos estavam entre os aprovisionamentos. Os helicópteros também foram usados para transportar os artistas para o festival e para fora dele.

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Fora das filmagens Os Creedence Clearwater Revival tocaram no sábado, dia 16 de agosto, e também no domingo. A atuação da banda não foi incluída nas filmagens nem na banda sonora do festival, porque John Fogerty (vocalista) achou que a atuação tinha sido abaixo das expetativas, não dando permissão para que a incluíssem.

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Loucura pela manhã Grace Slick, vocalista da banda Jefferson Airplane, relaxa nos bastidores antes da atuação do grupo, na manhã de domingo, 17 de agosto. Mais tarde a cantora descreveu a atuação como "música louca pela manhã". Slick não estava feliz com a experiência que teve em Woodstock.

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Luz divina Os The Who atuaram na manhã de domingo, 17 de agosto. Enquanto tocavam o tema 'See Me, Feel Me', o Sol nasceu como se isso tivesse sido ensaiado. Mais tarde, John Entwistle disse que "Deus foi o guia" nessa atuação. A banda (na imagem de 1975) não ficou contente com a experiência no Woodstock, com Roger Daltrey a descrevê-la, anos mais tarde, como "a pior atuação dos The Who". (Foto: Wikimedia/CC BY-SA 3.0)

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Melhor vista À medida que o evento decorria, as torres das luzes do festival tornaram-se úteis para quem pretendia conseguir melhores sítios para ver as atuações. Dezenas de festivaleiros subiram nas torres.

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Memorável Joe Cocker tinha gravado com os Beatles o tema 'With a Little Help From My Friends', em 1968. Em Woodstock o cantor interpretou esse tema, numa atuação que é relembrada como um dos momentos icónicos do festival.

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Destaque do festival Janis Joplin (na foto de 1969 em Nova Iorque) estaria alegadamente sob efeito de álcol e de substâncias ilegais quando subiu ao palco na madrugada de domingo, 17 de agosto. A cantora interpretou diversos temas com a Kozmic Blues Band e fez um encore em 'Ball and Chain'. (Foto: Wikimedia / CC BY-SA 4.0)

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Atuação elétrica Não restam dúvidas de que a atuação mais eletrizante de Woodstock pertenceu a Jimi Hendrix (na imagem durante outra atuação). A sua versão assustadora e distorcida do hino nacional dos Estados Unidos, 'The Star-Spangled Banner', foi interpretada como um protesto musical contra a Guerra do Vietnam. Hendrix fechou o festival por volta das oito horas da manhã de segunda-feira, 18 de agosto, altura em que só estavam cerca de 200 mil pessoas no público.

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A 'geração de Woodstock'

Como uma cultura de referência no final da década de 1960, o festival deu origem ao termo 'geração de Woodstock', que passou a fazer parte do léxico comum. (Foto: Wikimedia/CC BY 3.0)

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Descanso Fãs exaustos descansam sobre um carro, na estrada à saída de Bethel. Com os acampamentos lotados e com as difíceis condições climáticas, foram poucos os festivaleiros que dormiram de forma adequada no festival.

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Transporte Dois festivaleiros felizes conseguem uma improvisada boleia depois dos três dias do festival.

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Coleção de lixo Diversos voluntários ajudam na limpeza do local, após os três dias do festival. Toneladas de lixo que ficaram atolados na lama tiveram de ser removidos juntamente com algumas tendas abandonadas. Limpar os dejetos humanos também foi complicado, uma vez que existia apenas uma casa de banho por cada grupo de 833 pessoas.

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Melhor bilhete Janet Huey mostra orgulhosamente o seu bilhete original, que custou sete dólares. Os objetos originais do festival são muito procurados por colecionadores.

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Objetos originais John Hoyt, que esteve presente no festival, em 1969, mostra o programa original de atuações do Woodstock. Objetos destes podem ser vendidos por centenas de dólares.

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Memórias

Um autocarro escolar dos anos 60, usado para transportar os fãs até White Lake, em Bethel, permanece como uma lembrança dos eventos que ocorreram há 50 anos. Atualmente parece funcionar como um local para armazenar lenha. (Foto: Flickr/CC BY-NC 2.0)

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Meio século O local na atualidade. Cinquenta anos depois é lembrado como um importante momento na história da música pop. A revista Rolling Stone coloca o festival na posição 19 entre os 50 momentos que mudaram a história do rock and roll.

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Localização histórica

Em 2017, o local onde foi realizado o festival de Woodstock passou a fazer parte do Registo Nacional de Lugares Históricos dos Estados Unidos.

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