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Trump sofre de "falta de amor"

O músico nigeriano Duke Amayo, da banda americana Antibalas, que, nesta sexta-feira, atuou no Festival Músicas do Mundo, em Sines, está convencido de que o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sofre de "falta de amor".

Trump sofre de "falta de amor"
Notícias ao Minuto

10:00 - 27/07/19 por Lusa

Cultura Trump

"Só posso pensar que talvez não tenha tido amor de mãe. Porque quando há a presença da mãe, aprende-se a ter empatia, sente-se. Não me parece que esta pessoa tenha esse tipo de sentimentos. É um problema de falta. Essa pessoa tem falta de alguma coisa. (...) Aquela personalidade está a pedir ajuda desde criança e a mãe não estava lá e ele cresceu zangado", interpretou, em entrevista à Lusa, antes do concerto que deu na sexta-feira à noite, no Castelo de Sines.

"Este é o momento dos verdadeiros ativistas. Sinto-me verdadeiramente poderoso. Não me senti assim ao longo destes 20 anos, o que fazia era zangar-me, o que produzia sempre o mesmo resultado, a energia era canalizada para o sítio errado, mas se a minha energia fosse posta na criatividade, poderia ter criado outro sistema, outra forma de vida", considerou.

O vocalista do grupo, que combina 'afrobeat' e Nova Iorque, assinalou: "As pessoas já estão a fazê-lo e esta é a altura de explodirem, de o espalharem, já está a acontecer".

"Já não sei o que diga sobre o estado político do mundo hoje... tenho-o dito há 20 anos... e aquela pessoa [Trump] tornou-se na mesma líder do mundo... talvez o melhor seja falar da mãe-amor e talvez o mundo perceba o poder que temos de criar", refletiu.

"O que andei a fazer durante 20 anos? Como posso subir de nível nos próximos 20? Não posso continuar a fazer o que estava a fazer, o que estava a fazer era parte do criador desta energia que temos agora. Temos de nos responsabilizar, todos nós, não só porque fomos complacentes, mas porque todos sabíamos que isto estava a acontecer e pensámos 'estou a fazer dinheiro, estou fixe e isto não afeta a minha família'. De repente, afetou alguém, mas continuámos sentados sem fazer nada, e depois afetou mais gente e depois o país e o negócio tornou-se no novo governo", alertou.

Se as empresas fazem produtos, temos de responder com produtos, defendeu Amayo, insistindo no poder de compra e na tomada de decisões. "A nova geração é uma melhor versão de nós, mesmo os filhos dos maus líderes", disse.

"O que é o poder? O poder corrompe, o poder pode esgotar-te. Não te podes agarrar ao poder (...). As vibrações do tipo de poder que ele [Trump] tem são destrutivas e as vibrações destrutivas não duram, ardem rápido, como gasolina, como foguetes. Mas as vibrações suaves duram para sempre", sublinhou.

"O poder zangado não tem energia para se sustentar, arde, e causa todo o tipo de doenças, é só uma questão de tempo", antecipou.

O Festival Músicas do Mundo termina hoje, com as atuações de Virgem Suta (Portugal, 18h00); Ladysmith Black Mambazo (África do Sul, 21h00); Batida (Angola/Portugal, 22h15); Underground System (EUA, 23h30); Inner Circle (Jamaica, 00h45); António Marcos (Moçambique, 02h30); La P'tite Fumée (França, 03h45) e Zenobia (Palestina, 05h00).

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