Muse, uma banda de 'outro planeta' que desceu à terra em Lisboa
O Passeio Marítimo de Algés encheu, na quarta-feira à noite, para receber a banda que já é da casa. Falamos, claro está, de Muse.
© Notícias ao Minuto
Cultura Concerto
Matthew Bellamy e companhia regressaram a Lisboa para apresentarem o mais recente álbum, ‘Simulation Theory’.
Marcado para as 21h30, o concerto começou cinco minutos depois, quase uma pontualidade britânica. No ecrã gigante do palco exibiu-se a mensagem ‘We Are Caged in Simulations’ e o público reagiu com gritos de entusiasmo.
O vocalista surgiu em palco logo após um conjunto de uma espécie de soldados do futuro. Matthew Bellamy, como se pôde ver no Instagram no final do concerto, apresentou-se perante os milhares de fãs vindo de uma plataforma elevatória. Foi o primeiro momento alto da noite.
‘Pressure’ abriu as hostilidades para duas horas de concerto que tiveram de tudo: óculos luminosos de um século futuro (bem ao estilo que o vocalista já nos habituou), power chords, dançarinos a pisar o palco oriundos do topo e presos por cordas, um monstro suspenso por fios, confetis, espingardas de fumo, balões, piano, rock e muita adrenalina.
De há uns anos a esta parte que a banda britânica tem feito dos seus álbuns um comentário crítico à sociedade atual – essencialmente a partir de ‘Resistance’ (2009). Aliás, um dos grandes pontos fortes do concerto foi – como já se tornou habitual – o momento em que se ouviu ‘Uprising’. “They will not control us, we will be victorious”, é o grito de guerra entoado pelos milhares de fãs com os braços no ar como que a reforçar que a liberdade ninguém pode (ou deve) deter.
Os ânimos acalmaram-se – que os fãs precisavam de recuperar a voz – e Matthew Bellamy sentou-se ao piano para ‘Dig Down’, numa tranquilidade de ‘pouca dura’ pois estava ainda reservado outro momento ‘hardrocker’ que culminou com a já velhinha, mas poderosa, ‘Knights of Cydonia’, não sem antes um ‘Stockholm Syndrome’, ‘Assassin’, ‘Reapers’, ‘The Handler’ e ‘New Born’.
Para a posteridade ficaram ainda ‘Plug in Baby’, ‘Pray’, ‘Supermassive Black Hole’, ‘Hysteria’, ‘Take a Bow’ e ‘Starlight’.
Um espetáculo 'do outro mundo'
Ao longo da turné que apresenta o novo álbum, a banda britânica tem granjeado as melhores 'reviews'. Para além do espetáculo musical a que Muse já habituou os fãs, a formação de Matthew Bellamy idealizou um concerto 'do outro mundo'.
Os efeitos especiais projetaram o público para um mundo futurista. À medida que o negro manto da noite descaía sobre o Passeio Marítimo de Algés, com o rio Tejo como pano de fundo, os Muse encheram o palco de cor e elevaram o termo 'visual' a outro nível.
De frases frenéticas de néon em tons magenta, azul-petróleo e turquesa, a soldados futuristas que receberam Bellamy no início do concerto, passando ainda por robots, as surpresas que a formação britânica trouxe 'na mala' levaram o público ao rubro.
Mas o momento alto do espetáculo visual chegou quando um monstro gigante insuflável (sim, leu bem) se ergueu para estupefação da plateia. No espaço de segundos, o monstro foi-se erguendo e o alcance das suas garras abrangia quase a totalidade da largura do cenário. Controlada por técnicos no palco, a figura alienígena movia um dos braços, como se tentasse golpear Bellamy e Wolstenholme.
Saliente-se ainda as nuvens de confetis, as serpentinas douradas e prateadas e os balões lançados sobre a multidão que adornaram este espetáculo de cor.
Mas Bellamy não terminou o concerto sem atirar - e partir - a guitarra que o acompanhou no concerto. E. no adeus, no palco não faltou a bandeira portuguesa e lá se ouviu o 'obrigada, Portugal', para delírio dos fãs.
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