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Coimbra quer ser Capital Europeia da Cultura de toda a região Centro

A cidade de Coimbra quer ser Capital Europeia da Cultura de toda a região Centro em 2027, disse hoje Luís de Matos, coordenador do grupo de trabalho que está a preparar a candidatura.

Coimbra quer ser Capital Europeia da Cultura de toda a região Centro
Notícias ao Minuto

16:34 - 20/07/19 por Lusa

Cultura Coimbra

"Esta candidatura exige ainda a implicação da região Centro do país como área geográfica abrangida pelo evento", afirmou Luís de Matos, assinalando quer a localização geográfica "privilegiada" de Coimbra "com a centralização do território", quer a proximidade marítima, entre outros aspetos de natureza histórica cultural e patrimonial.

Intervindo numa reunião com representantes de cinco cidades europeias geminadas com Coimbra - Esch-sur-Alzette (Luxemburgo), Poitiers e Aix-en-Provence (França) e Salamanca e Santiago de Compostela (Espanha) - com quem destacou a "partilha de experiências" e uma base para "futuras visitas e eventuais parcerias" no âmbito da candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027, Luís de Matos frisou que o evento europeu é uma celebração que "não é local, nem regional, nem nacional mas plural, comemorando-se em conjunto, a partir de uma cultura local anfitriã, a diversidade e riqueza numa Europa global".

Na sua apresentação, Luís de Matos lembrou que, em quase três décadas, Coimbra foi

Capital Nacional do Teatro (1992), o primeiro centro de ciência nacional (1995), Capital Nacional da Cultura (2003), Património da Humanidade em 2013 e recebeu, em 2018, os Jogos Europeus Universitários, considerado o maior evento multidesportivo realizado em Portugal.

Acrescentou que Coimbra "é cidade histórica e com história" e um "prestigiado centro de ensino e do conhecimento".

"Uma cidade cultural e de cultura, não apenas enquanto centro de cultura e património, mas acolhedora e promotora de experimentação e de vanguardas. A universidade de Coimbra possui o maior número de estudantes estrangeiros no país", sublinhou o ilusionista, explicando que "de todos os estudantes que visitam Portugal para estudar, 50% fazem-no em Coimbra".

Luís de Matos destacou ainda a cidade "de cultura científica única no país, pela existência de equipamentos de excecional dimensão e qualidade", como o Jardim Botânico, Observatório Astronómico e o Museu da Ciência, "cujas coleções de ciência são as mais antigas e significativas em Portugal e, depois do incêndio no Museu Nacional do Rio de Janeiro, no mundo", realçou.

Luís de Matos disse ainda que a candidatura a Capital Europeia da Cultura 2017 pressupõe, entre outras intervenções, a "requalificação do património arquitetónico da cidade e a sua fruição qualificada por parte de todos os que nela vivem" e que se inscreve "numa longa trajetória histórica e cultural que tornou Coimbra, ao longo de séculos e até aos dias de hoje, uma cidade atrativa para cidadãos de todas as idades".

"A candidatura é fundamental para dotar a cidade de uma estratégia cultural de longo prazo, que ao ser coerente, inclusiva, cosmopolita e contemporânea, consolide condições de continuidade na vida cultural", alertou.

"É preciso dotá-la de meios que favoreçam o seu reconhecimento como cidade, onde, em 2027, a cultura europeia vai encontrar condições para se conhecer e reinventar. Quando Coimbra for Capital [Europeia da Cultura], Portugal será a área metropolitana de um país chamado Europa", argumentou Luís de Matos.

Para além de Coimbra, outras oito cidades portuguesas - Braga, Évora, Faro, Oeiras, Ponta Delgada, Aveiro, Guarda e Leiria, estas três últimas na região Centro - já manifestaram interesse em apresentar uma candidatura a Capital Europeia da Cultura 2027, ano em que Portugal e Letónia receberão o evento, de acordo com uma decisão do Parlamento Europeu tomada há dois anos.

A Capital Europeia da Cultura já esteve sedeada por três vezes em Portugal - em Lisboa (1994), Porto (2001) e Guimarães (2012) - desconhecendo-se ainda qual será a cidade eleita daqui por oito anos, já que os concursos para atribuição desse título só deverão iniciar-se em 2021.

Presente na sessão de hoje, a vereadora municipal da Cultura de Coimbra, Carina Gomes, lembrou que Coimbra possui uma "invejável rede de equipamentos culturais" e que a candidatura pretende ser "agregadora e mobilizadora" de instituições, agentes culturais e da sociedade civil.

"Com a ajuda e colaboração da cidade, esta só pode ser uma candidatura vencedora", sublinhou a autarca.

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