Fotografias de Yigal Gawze da Telavive modernista em exposição no MAAT
Uma exposição de fotografia de Yigal Gawze, que retrata a arquitetura Bauhaus na cidade de Telavive, em Israel, nos anos 1930, vai ser inaugurada na sexta-feira, no Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT), em Lisboa.
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Cultura MAAT
A exposição intitula-se 'Form and Light' e ficará patente até 02 de setembro deste ano, apresentando fragmentos dos edifícios cujo estilo foi levado por arquitetos europeus para a costa do Mediterrâneo.
A mostra é apresentada por ocasião dos 100 anos da Bauhaus - escola alemã de arte vanguardista -- e sublinha a sua influência na 'White City' em Telavive, resultando de uma parceria entre a Embaixada de Israel em Portugal e a Fundação EDP.
'Form and Light', de Yigal Gawze, instalada na Sala dos Geradores da Central Tejo, revela o panorama arquitetónico de Telavive, cidade que conta mais de 4.000 edifícios de estilo internacional em Tel Aviv, fazendo dela um espaço "onde o impacto da arquitetura modernista deixou uma marca visível no tecido urbano".
"As perspetivas nítidas e composições dinâmicas que são inerentes a este trabalho, ecoam, à sua maneira, a fotografia de vanguarda dos anos 30. O uso da cor, acentuada pela luz local, ressalta os atributos da arquitetura modernista e da cidade que ela formou", refere um texto sobre a exposição divulgado pelo MAAT.
O trabalho fotográfico de Yigal Gawze "é uma homenagem aos ideais do passado e à renovação atual, e transmite a essência do encontro especial que acontece em Telavive, entre um estilo arquitetónico originário da Europa e o brilho do Mediterrâneo".
Em 2003, a UNESCO atribuiu o título de Património Mundial da Humanidade a três zonas no coração de Telavive, conhecidas como White City, a Cidade Branca, justificando serem o resultado "de uma síntese da excecional importância das várias tendências do movimento modernista na arquitetura e no urbanismo, adaptada às condições culturais e climáticas do local".
Entre 1930 e 1940, a cidade foi uma espécie de laboratório onde os arquitetos, formados em vários países europeus, discutiam e criavam nas margens do Mediterrâneo um "modernismo modificado".
A maioria das estruturas "são edifícios residenciais modestos, construídos para albergarem as vagas de imigrantes oriundos da Europa durante esses anos, e caracterizam-se pela sua articulação cúbica, e varandas embutidas ou em consola".
"Assim, as fachadas locais apresentam uma forte plasticidade e são muito mais tridimensionais em comparação com a maioria das fachadas modernistas, de formas planas, e de traços leves, na Europa", descreve o texto sobre a exposição do fotógrafo israelita.
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