'Lux-Lucis' junta luz e percussão e estreia-se quinta-feira no São João
A peça 'Lux-Lucis', de Miquel Bernat, que se estreia na quinta-feira, no Teatro Nacional São João, tem por base "a sinergia entre o sentido do olhar e o sentido de ouvir", traduzindo-se num espetáculo "incomum", descreveu hoje o diretor artístico.
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'Lux-Lucis', refere a sinopse, "mistura luz e percussão", sendo uma coprodução Drumming -- Grupo de Percussão e do Teatro Nacional São João (TNSJ), que reúne cinco intérpretes em cima do palco, com espetáculos de quinta-feira a sábado.
Em declarações à agência Lusa, Miquel Bernat, responsável pela criação e direção artística da peça, descreveu que esta se baseia na "música visual", ou seja, "na sinergia entre o sentido do olhar e o sentido de ouvir".
"E essa junção gera um 'plus', porque é como juntar duas coisas e criar algo diferente através de uma união. O espetáculo tem a ver com a luz, mas é um espetáculo bastante obscuro e é através da escuridão que aparecem os detalhes das luzes que aparecem com contornos interligados com a música", referiu o criador espanhol.
É que, em palco, num espetáculo de aproximadamente uma hora e meia para maiores de seis anos, há uma peça em que a música é marcada pelo ritmo de lâmpadas, bem como uma coreografia com caixas de fósforos, entre outras abordagens.
As peças musicais que compõem 'Lux-Lucis' são de Kate Neal, Mátyás Wettl, Juliana Hodkinson, David del Puerto e Igor C.Silva, enquanto a interpretação está a cargo de Pedro Góis, João Miguel Braga Simões, Saulo Giovanni, Miguel Moreira e Miquel Bernat.
"São cinco compositores e interpretes diferentes. Alguns deles nem se conhecem e vão conhecer-se aqui. Cada peça é independente e pode funcionar isolada, mas foi dada, propositadamente, uma narração a estas cinco peças. Gosto de dar a todo o concerto uma unidade. No fundo são cinco contos contados de forma diferente, mas com uma temática comum, a luz, uma luz subtil que transmite certas sensações ao público", descreveu Miquel Bernat.
O músico e diretor artístico admitiu que, "de alguma forma, a peça faz uma comparação com a sociedade que está sempre a chamar a atenção, ora para coisas mais complexas, mas também para as mais simples".
Já a sinopse distribuída aos jornalistas, no ensaio de imprensa que decorreu esta tarde no TNSJ, fala em "cinco peças de intensa e lúdica componente performativa", e que 'Lux-Lucis' "é um refúgio ao ruidoso mundo exterior, barulhento e cheio de luz apresentado numa sala de espetáculos, um dos únicos espaços ainda capazes de preservar o silêncio".
Em causa, um aspeto que assume muita relevância nesta peça, uma vez que o criador acredita que "a luz é apenas percetível com a escuridão", e que, "se existe a vontade de escutar música, é necessário primeiro o silêncio".
Miquel Bernat acrescentou que "esta não é uma luz banal e frequente, como as dos anúncios ou reclames", mas "uma luz trabalhada da forma mais poética, mais reflexiva, mais detalhada" e revelou à Lusa alguns dos objetivos da obra.
"Queremos dar ao público português aquilo que ainda não conhece. Queremos expandir os horizontes da arte. Os espectáculos de música e luz acontecem em concertos de rock, por exemplo, mas aqui não se pretende algo tão bombástico. Aqui é mais artístico e procuramos um ponto mais poético tanto da luz como da música", afirmou.
Este espectáculo pode ser visto quinta e sexta-feira, às 21h00, e sábado, às 19h00. O preço dos bilhetes varia entre os 7,50 e os 16 euros.
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