Prémio, maratona e recital de Marc Coppey homenageiam Suggia
O Prémio Suggia para jovens violoncelistas, uma maratona de jovens praticantes do violoncelo, e um recital do francês Marc Coppey são as iniciativas da Casa da Música para a homenagem anual a Guilhermina Suggia (1885-1950), de sábado a 6 de julho.
© Lusa
Cultura Casa da Música
A homenagem arranca este sábado, pelas 16h00, com uma série de recitais dos sete candidatos à sexta edição do Prémio Internacional Suggia/Casa da Música, com alunos da Alemanha, Bélgica, Dinamarca, França, Reino Unido e Suíça.
Petar Pejcic, Élia Cohen Weissert, Miguel Balloussier Braga, Cansin Kara, Jeremy Garbarg, Hyazintha Andrej e Ben Tarlton vão interpretar obras de Bach, Brahms, Schubert, Prokofiev, Ginastera, Stravinsky ou Debussy, entre outros, no sábado e no domingo à tarde, em atuações com entrada livre.
Destas atuações sairão os três finalistas, que voltam a subir ao palco da Sala Suggia pelas 21h00 de dia 5 de julho, sexta-feira, desta feita a acompanhar a Orquestra Sinfónica do Porto, sob a direção musical de Pedro Neves.
Os concertos para violoncelo e orquestra ainda vão ser anunciados, num momento que definirá o vencedor do prémio e os aproxima da orquestra portuense, desta feita com um maestro que também começou por este instrumento.
Na terça-feira, 2 de julho, é a vez de Marc Coppey subir ao palco da Sala 2 para um recital que arranca com a terceira suite para violoncelo de Bach, seguindo-se 'Strophes sur le nom de Sacher', do francês Henri Dutilleux, e a sonata para violoncelo do húngaro Zoltán Kodály.
Coppey irrompeu na cena internacional ao vencer os galardões principais do Concurso Bach de Leipzig, em 1988, e desde então tem tocado um pouco por todo o mundo, com orquestras ou a solo.
A Casa da Música destaca, no programa, o músico como "uma das grandes referências do violoncelo", não só por ser "um intérprete de referência das suites de Bach" e de grandes concertos, mas também por tocar "obras em estreia mundial e reportório menos conhecido" noutros recitais.
No dia seguinte ao concerto dos finalistas, 06 de julho, a música começa pela manhã a encher a Casa por toda a parte, com uma maratona de jovens violoncelistas de várias escolas vocacionais.
O evento organiza-se todos os anos e é semelhante a uma outra maratona, para homenagear a pianista Helena Sá e Costa (1913-2006), no mesmo sítio, e tem "em cada nova edição mais participantes e mais espetadores", pode ler-se na apresentação.
Nascida no Porto a 27 de junho de 1885, Guilhermina Suggia estudou primeiro com o pai, Augusto de Medim Suggia, violoncelista do Real Teatro S. Carlos.
A artista atuou pela primeira vez em público aos sete anos e aos 13 integrou o Quarteto Moreira de Sá, tendo posteriormente estudado no Conservatório de Leipzig com Julius Klengel.
Viveu com Pablo Casals em Paris, entre 1906 e 1913, num 'duo ibérico' que tocou por toda a Europa, antes de chegar a Inglaterra, onde foi bem recebida pela crítica e forjou carreira como solista, num tempo em que esse caminho era raro para mulheres.
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