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Exposição de Leonor Antunes ultrapassa os 7.200 visitantes

O Pavilhão de Portugal na Bienal de Arte de Veneza, Itália, que tem uma exposição da artista Leonor Antunes, ultrapassou os 7.200 visitantes, no final do primeiro mês da mostra, anunciou hoje a Direção-Geral das Artes (DGARtes).

Exposição de Leonor Antunes ultrapassa os 7.200 visitantes
Notícias ao Minuto

18:14 - 21/06/19 por Lusa

Cultura Bienal de Veneza

Instalada no Palazzo Giustinian Lolin, sede da Fundação Ugo e Olga Levi, a representação oficial portuguesa, selecionada por concurso pela DGArtes, é constituída pelo projeto "a seam, a surface, a hinge or a knot" ("uma costura, uma superfície, uma dobradiça ou um nó"), de Leonor Antunes, concebido para aquele local, com curadoria de João Ribas, antigo diretor artístico do Museu de Arte Contemporânea de Serralves.

No comunicado hoje divulgado, a DGArtes destaca o "expressivo número de visitantes" e os elogios da imprensa especializada internacional ao projeto da artista portuguesa.

Entre outras publicações, The Art Newspaper colocou a exposição de Leonor Antunes entre as 10 a não perder na Bienal e o Art Forum escreveu sobre "a grandeza" da representação portuguesa.

A 58.ª Exposição Internacional de Arte -- "La Biennale di Venezia" - abriu ao público no passado dia 11 de maio. O projeto de Leonor Antunes envolve história da arte, da arquitetura e do design, e reflete sobre as funções dos objetos do quotidiano, contemplando o seu potencial, para se materializarem como esculturas abstratas.

Em entrevista à agência Lusa, em vésperas da inauguração da representação portuguesa, em 08 de maio, Leonor Antunes disse que esta exposição é "como uma segunda pele", para si.

"Esta exposição é importante porque descobri coisas novas no meu trabalho, aprendi coisas novas", disse a artista de 47 anos, que já expusera em Veneza, em 2017, a convite da própria organização da mostra.

O projeto de Leonor Antunes resultou de uma pesquisa que tem vindo a realizar há alguns anos sobre o trabalho de figuras importantes no contexto da arquitetura de Veneza, nomeadamente Carlo Scarpa, Franco Albini e Franca Helg e, mais recentemente, as arquitetas Savina Masieri e Egle Trincanato.

"São estas pessoas que me fascinaram e cujo trabalho me inspirou", salientou.

Sobre o Palazzo Giustinian Lolin, a artista descreveu-o como "um espaço difícil para trabalhar, porque, sendo património histórico, não é possível tocar nas paredes ou no chão do edifício, e o projeto é totalmente 'site specific'" (concebido para este espaço, em si mesmo).

As obras em escultura, que ocupam três salas do edifício, foram feitas em oficinas de carpintaria, de Berlim, Veneza e Lisboa, em materiais como metal, cortiça, cabedal e vidro.

"Consegui estabelecer um diálogo entre o meu trabalho, este edifício e a cidade, e contornei a impossibilidade de suspender as peças com a criação de esculturas verticais", descreveu a artista à Lusa.

Depois de Veneza, Leonor Antunes, que venceu o Prémio de Arte de Zurique 2019, irá expor um novo projeto nesta cidade suíça, no Museum Haus Konstruktiv, de 31 de outubro a 12 de janeiro de 2020.

A 58.ª Exposição Internacional de Arte estará patente ao público até ao dia 24 de novembro, com curadoria do britânico Ralph Rugoff, diretor da Hayward Gallery, em Londres, e tem como tema "Tempos Interessantes".

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