"É uma criação que pretende colocar as pessoas a perceberam que são feitas de muitas camadas, e que não vale a pena reduzirmo-nos a um território, a um país, a uma nação ou a uma circunstância. É um espetáculo que pretende levar o espectador numa viagem de descoberta", afirmou a autora do texto, que tem a seu cargo a direção do espetáculo, Joana Craveiro.
A também diretora do Teatro do Vestido adiantou que se trata de um espetáculo integrado no projeto que a companhia está a desenvolver este ano, designado "Viagem a Portugal", que "parte da ideia de escavar sobre as nossas origens, neste caso, mais concretamente sobre o território".
"É uma peça extremamente poética, onírica e ao mesmo tempo documental sobre estar em Portugal, estar no Minho, ser de vários sítios de Portugal e congregarmo-nos aqui. Apresenta temáticas entrecruzadas que nos levam numa viagem muito poética, mas ao mesmo tempo muito suportada em documentos, quer sejam fotografias ou livros. É uma criação que nos faz questionar", referiu.
A criação de Joana Craveiro estreia-se, no sábado, pelas 21:30, no cineteatro João Verde, em Monção, e vai circular até 13 de julho por cinco municípios do Vale do Minho.
"Nesta paragem pelo Minho, e no encontro entre as duas companhias, mergulhamos na geografia humana e física não só do território, mas também na autobiografia e no percurso individual e geográfico de cada um dos criadores do projeto. Tudo isto no encalço da resposta à nossa pergunta de sempre -como chegámos até aqui?", adiantou.
Depois de Monção, a peça vai ser apresentada em Valença, Paredes de Coura, Vila Nova de Cerveira e Melgaço.
