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Graça Fonseca lamenta morte de Ruben de Carvalho, "homem da cultura"

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, lamentou hoje a morte do dirigente comunista e "homem da cultura" Ruben de Carvalho, na terça-feira aos 74 anos, que "marcou de forma indelével a história contemporânea nacional".

Graça Fonseca lamenta morte de Ruben de Carvalho, "homem da cultura"
Notícias ao Minuto

13:33 - 12/06/19 por Lusa

Cultura Óbito

"Homem de uma cuidada inteligência, Ruben de Carvalho marcou de forma indelével a história contemporânea nacional, seja enquanto político, na resistência e oposição democrática à ditadura e na dedicação de mais de quatro décadas ao Partido Comunista Português, seja enquanto programador cultural, transformando a sua paixão pela cultura e, em especial pela música, numa forma de estreitar laços e de dar a conhecer e a partilhar a arte", refere a ministra num comunicado hoje divulgado pelo ministério da Cultura.

Ruben de Carvalho era responsável na Câmara Municipal de Lisboa pelo Roteiro do Antifascismo, membro do Comité Central do PCP e fazia parte da organização da Festa do Avante! desde o seu início, em 1976.

Graça Fonseca destaca que Ruben de Carvalho "festejou a liberdade através da Cultura, mostrando que a arte pode ser participante ativa da construção da identidade e que a democracia se defende e renova também na celebração da vivência em comunidade".

Jornalista de profissão, Ruben de Carvalho foi também chefe de redação do semanário Avante!, órgão central do PCP, entre abril de 1974 e 1995, chefe de redação da revista Vida Mundial e redator coordenador do jornal O Século.

A ministra recorda que, enquanto jornalista, o dirigente comunista "destacou-se também pelo seu trabalho n´O Século, na revista Mundial e no Avante!, colaborando ativamente enquanto cronista com outros jornais, com uma visão aguda, lúcida que se destacava sempre pelo profundo humor, transversal ao que escreveu, ao que disse e à forma como sempre esteve na sua vivência política e profissional, tanto no partido, como no Parlamento ou nas cidades de Setúbal e Lisboa onde foi vereador e uma voz de permanente dedicação".

Ruben de Carvalho foi também membro das "comissões juvenis de apoio" à candidatura do general Humberto Delgado, chefe de gabinete do ministro Sem Pasta, Francisco Pereira de Moura, no I Governo Provisório após o 25 de Abril de 1974, deputado à Assembleia da República eleito pelo distrito de Setúbal e vereador na Câmara Municipal de Lisboa.

Tinha 74 anos e era o único membro no atual Comité Central do PCP que tinha estado preso nas cadeias da PIDE durante o Estado Novo.

Ruben de Carvalho manteve, na RDP1, o programa "Radicais Livres", onde debatia temas de atualidade com Jaime Nogueira Pinto.

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