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Oboísta Samuel Bastos era "um dos melhores da música" mundial

O professor e músico Francisco Luís Vieira disse hoje que com a morte do oboísta Samuel Castro Bastos se perdeu "um dos melhores da música" à escala internacional, recordando o seu talento, bondade e ligação a Portugal.

Oboísta Samuel Bastos era "um dos melhores da música" mundial
Notícias ao Minuto

19:30 - 19/05/19 por Lusa

Cultura Óbito

uma referência nacional e internacional, uma figura de topo na música. Perdemos um dos melhores da música, não apenas um oboísta, mas um dos melhores instrumentistas da atualidade à escala internacional", disse à agência Lusa Francisco Luís Vieira.

O professor do Conservatório da Guarda evocou a relação muito próxima que mantinha com o oboísta solista da Orquestra da Ópera de Zurique (Opernhaus Zurich), de 32 anos, que morreu no sábado na Suíça, de causas desconhecidas.

"Conheço-o desde muito cedo, fez parte de um grupo que criei, o Ensemble Palhetas Duplas, e estive com ele em vários congressos, masterclasses, assisti a provas em vários concursos e acompanhei muito o percurso dele", disse.

Francisco Luís Vieira lembrou Samuel Castro Bastos como "uma pessoa extraordinária e um músico talentosíssimo", assinalando os "imensos prémios nacionais e internacionais" conquistados ao longo da carreira.

"Era uma pessoa muito bondosa. Fez uma carreira internacional, mas esteve sempre muito ligado a Portugal e à terra dele. Esteve sempre muito ligado às novas gerações de oboístas nas escolas. Ultimamente tinha sido convidado para dar masterclasses em Portugal nas várias escolas um pouco por todo o país. Teve sempre muito gosto e uma vontade enorme de transmitir conhecimentos que foi adquirindo pelo mundo", disse.

O músico português Samuel Bastos, natural da freguesia de Oliveira, concelho de Barcelos (distrito de Braga), era oboísta solista da Orquestra da Ópera de Zurique (Opernhaus Zurich), estando emigrado em Zurique.

Nascido em 1987 no seio de uma família de músicos, natural de Oliveira -- Barcelos, iniciou os seus estudos musicais com o pai, aos 07 anos.

Em Portugal, estudou no Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga e na Escola Superior de Música de Lisboa.

Como bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, estudou em Zurique na Zürcher Hochschule der Künste onde concluiu o Bachelor, Master Orchester e o Master Specialized Music Performance - Solist com a distinção máxima na classe de Martin Frutiger (Corne Inglês) e Thomas Indermühle (oboé).

Em Paris estudou com Maurice Bourgue.

Foi vencedor dos concursos internacionais: Fernand Gillet-Hugo Fox nos Estados Unidos da América, Giuseppe Ferlendis e Cittá di Chieri em Itália.

Foi também laureado nos concursos internacionais: Giuseppe Tomassini (Itália), Crussel (Finlândia), Barbirolli (U.K) e Riddes (Suíça).

Em Portugal foi vencedor do Yamaha Music Foundation of Europe, Prémio Jovens Músicos e Prémio Maestro Silva Pereira.

Aos 17 anos integrou a European Union Youth Orchestra, mais tarde a European Wind Orchestra, The World Orchestra e a Gustav Mahler Jugend Orchester, com quem realizou digressões por toda a Europa e China.

Apresentou-se como solista na Europa, Rússia, Estados Unidos da América e Japão e foi membro fundador da Revista Musical Portuguesa Da Capo e colaborava regularmente com a Orquestra XXI.

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