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Exposição que representa Portugal pré-inaugurada hoje na Bienal de Veneza

A exposição da representação de Portugal na Bienal de Arte de Veneza 2019 tem hoje a sua pré-inauguração, no Palazzo Giustinian Lolin, em Veneza, Itália, onde irá competir com projetos de mais 90 países.

Exposição que representa Portugal pré-inaugurada hoje na Bienal de Veneza
Notícias ao Minuto

06:40 - 08/05/19 por Lusa

Cultura Arte

Em declarações à agência Lusa na sexta-feira, a artista definiu a exposição como "uma segunda pele" criada naquele palácio histórico, onde nasceram diálogos entre a sua obra e a cidade.

Em fase de finalização do projeto expositivo para ser hoje inaugurado, a artista disse estar "muito satisfeita" com a montagem do seu trabalho, que irá concorrer ao Leão de Ouro da Bienal, uma das mais importantes mostras internacionais de arte contemporânea, com abertura ao público prevista para sábado.

"Esta exposição é importante porque descobri coisas novas no meu trabalho, aprendi coisas novas", disse a artista à Lusa, questionada sobre qual o valor pessoal, na carreira artística, quanto à presença na Bienal de Veneza.

"Não vejo as coisas nesses termos. Eu já mostrei o meu trabalho aqui anteriormente, e o que me interessa é saber se consigo fazer o que quero", disse a criadora de 47 anos, escolhida pelo curador João Ribas para criar um projeto de representação oficial portuguesa oficial na 58.ª Bienal de Arte de Veneza.

Intitulado 'a seam, a surface, a hinge or a knot' ('uma costura, uma superfície, uma dobradiça ou um nó', em tradução livre), o projeto tem pré-abertura marcada para hoje, abrindo a bienal ao público no sábado, prolongando-se até 24 de novembro.

O projeto de Leonor Antunes resulta de uma pesquisa que tem vindo a realizar já há alguns anos, em anteriores exposições que fez em Milão e Veneza, sobre o trabalho de figuras importantes no contexto da arquitetura de Veneza, nomeadamente Carlo Scarpa, Franco Albini e Franca Helg e, mais recentemente, as arquitetas Savina Masieri e Egle Trincanato.

"São estas pessoas que me fascinaram e cujo trabalho me inspirou", salientou.

Sobre o Palazzo Giustinian Lolin, onde está a fazer a intervenção, a artista descreveu-o como "um espaço difícil para trabalhar, porque, sendo património histórico, não é possível tocar nas paredes ou no chão do edifício, e o projeto é totalmente 'site specific' [concebido para este espaço, em si mesmo]".

As obras em escultura, que vai apresentar no interior de três salas do edifício, foram feitas em oficinas de carpintaria, em metal, cortiça, cabedal e vidro, em Veneza, Berlim e Lisboa.

"Consegui estabelecer um diálogo entre o meu trabalho, este edifício e a cidade, e contornei a impossibilidade de suspender as peças com a criação de esculturas verticais", descreveu a artista, que conseguiu retirar cortinas e candelabros no interior, e dar-lhe uma atmosfera moderna.

A ministra da Cultura, Graça Fonseca, estará presente na inauguração oficial do Pavilhão de Portugal, na quinta-feira, numa sessão, às 17:00, a que se seguirá um concerto.

A 58.ª Exposição Internacional de Arte inaugura no sábado e vai decorrer até 24 de novembro deste ano, na cidade italiana, com curadoria do britânico Ralph Rugoff, diretor da Hayward Gallery, em Londres, e terá como tema "Tempos Interessantes".

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