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Humorista norte-americano Louis C.K. atua este mês em Lisboa

O humorista norte-americano Louis C.K. atua este mês em Lisboa, onde irá apresentar, em "sessões bastante limitadas", material que irá usar no seu próximo solo, disse hoje à Lusa fonte da organização.

Humorista norte-americano Louis C.K. atua este mês em Lisboa
Notícias ao Minuto

19:52 - 06/05/19 por Lusa

Cultura Maxime

O humorista, acusado no final de 2017 por várias mulheres de comportamentos sexuais abusivos, três anos após rumores sobre o assunto terem começado a surgir, atua a 24 e 25 de maio no Maxime Comedy Club, em sessões "bastante limitadas", nas quais irá fazer "testes de material, 100% para adultos, para usar no próximo solo", de acordo com fonte da H2N, que organiza os espetáculos.

A mesma fonte referiu que durante as sessões, duas em cada dia, às 19h00 e às 22h00, "não será permitida a captação de imagens e som". Para garantir que tal acontece mesmo, os telemóveis dos espectadores serão colocados, no início de cada espetáculo, numas bolsas que 'trancam' os aparelhos.

Os bilhetes, com um custo de 45 euros, estarão à venda na Ticketline a partir das 12:00 de terça-feira.

O Maxime Comedy Club, com curadoria do humorista português Guilherme Duarte, leva comédia ao espaço do antigo cabaret Maxime, na Praça da Alegria, às quintas-feiras, desde fevereiro.

As sessões de Louis C.K. foram divulgadas hoje ao final da tarde na conta do humorista no Twitter. Momentos depois de ter partilhado uma imagem de um cartaz com as datas das sessões, Guilherme Duarte partilhou uma outra publicação na qual garante que tal "não é uma piada", e avisa que os bilhetes "ainda não estão à venda".

Louis C.K. foi acusado, no final de 2017, de comportamentos sexuais inapropriados para com várias mulheres, incluindo de se ter masturbado à frente delas.

Conhecidas as alegações, divulgadas pelo The New York Times, o humorista divulgou um depoimento no qual admitia a veracidade das acusações. "Estas histórias são verdadeiras", admitiu.

"Na altura, disse a mim mesmo que o que fiz era aceitável, porque nunca me tinha exibido a uma mulher sem perguntar primeiro, o que também é verdade. Mas o que aprendi mais tarde na vida, demasiado tarde, é que quando estamos numa posição de poder sobre outra pessoa, essa questão não se põe", lia-se no depoimento de Louis C.K. divulgado na altura, no qual o humorista lamentava a situação, bem como os danos causados ao canal FX, que exibia os seus programas de comédia, à distribuidora The Orchard e a todos aqueles "que apostaram" na sua carreira ao longo dos anos.

Quando as acusações foram tornadas públicas, o canal norte-americano HBO anunciou que o humorista já não iria participar no programa 'Night of Too Many Stars: America Unites for Autism Programs' e que iria retirar projetos antigos do comediante do seu serviço de 'video on demand'.

A Netflix anunciou igualmente ter desistido da produção de um novo programa de comédia com o ator.

Na mesma altura, a produtora e distribuidora norte-americana The Orchard anunciou que cancelava a distribuição do filme 'I Love You Daddy', de Louis C.K. nos Estados Unidos.

'I Love You Daddy', que teve estreia mundial, em 2017, no festival de cinema de Toronto, centra-se na história de num septuagenário que seduz uma adolescente. A crítica, na altura, associou o enredo à vida de Woody Allen.

Em Portugal, o filme foi exibido no Lisbon & Sintra Film Festival.

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