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'Enza' revela o 'mapa-mundi' musical dos Throes + The Shine

Lisboa, 01 mai 2019 (Lusa) - As viagens, os concertos, o contacto com pessoas de outros lugares ajudaram o grupo luso-português Throes + The Shine a construir um 'mapa-mundi' de novas canções para o álbum "Enza", que sai na sexta-feira.

'Enza' revela o 'mapa-mundi' musical dos Throes + The Shine
Notícias ao Minuto

13:28 - 01/05/19 por Lusa

Cultura Álbum

"Enza" é o quarto álbum de originais dos Throes + The Shine e foi desenhado, produzido e gravado em 2017 num estúdio do músico holandês Jori Collignon (Skip&Die) construído em Palmela.

Em entrevista à agência Lusa, Marco Castro (guitarrista), Igor Domingues (baterista) e Mob Dedaldino (vocalista) contaram que viveram cerca de dois meses naquele estúdio-casa, sem distrações e com "dias e dias seguidos" apenas focados na composição e isso transformou também a identidade das novas canções.

"Esse processo acabou por nos permitir explorar muito mais do que tínhamos explorado antes, porque estávamos limitados de tempo. Compor, gravar, ouvir, antes era tudo num ritmo relâmpago. Ouvir com mais calma permitiu desenvolver as músicas com mais cuidado e que explorássemos ideias diferentes", afirmou Marco Castro.

"Enza" está já distante da marca 'rockuduro' que os identificou nos primeiros registos, quando saíram "Rockuduro" (2012) e "Mambos de outros tipos" (2014).

Agora há rock, cumbia, R&B, hip hop, trap; géneros justificados por uma "vontade de fundir coisas, de sítios diferentes", como referiu Marco Castro, sustentando ainda a entrada de vários convidados do álbum: Sotomayor, Mike El Nite, Selma Uamusse e Cachupa Psicadélica.

O trio entende a gravação e edição de um álbum como uma espécie de bilhete de acesso a mais concertos, novas digressões, que tem construído sobretudo fora de Portugal.

"O facto de termos vários concertos em vários países e convivermos com pessoas de várias nacionalidades, achámos que seria importante puxarmos isso para o nosso álbum. Termos tido contacto com Brasil, Colômbia, interagirmos com pessoas de vários lugares. Fomos buscando um pouco de cada lugar. 'Enza' significa mundo", explicou Mob.

Esse percurso internacional dos Throes + The Shine só tem acontecido fruto de um trabalho com uma agência de 'booking' em França, que por sua vez se espalha por outros países da Europa.

"Se fosse de outra forma 'diy' ['do it yourself'], de pegar numa carrinha e ir pela Europa fora, não é muito sustentável. Isto permite-nos chegar a um público maior, porque são pessoas com mais contactos, a festivais grandes", afirmaram Marco Castro e Igor Domingues.

"Enza" sai na sexta-feira, dia em que os Throes + The Shine atuarão no Alors Festival em Berna, na Suíça, seguindo-se datas também na Holanda, em Espanha, França e Polónia. Em Portugal estão para já marcados concertos de apresentação a 16 de maio no B.Leza, em Lisboa, e a 01 de junho no Stereogun, em Leiria.

Throes + The Shine começou por ser a fusão de duas bandas e de duas sonoridades: O rock dos portugueses Throes e o kuduro dos angolanos The Shine, mas atualmente o projeto é muito mais do que a soma das partes.

"O que fazemos é uma coisa para mostrar estilo musicais que gostamos", sublinhou Igor Domingues.

"Enza" é ainda o primeiro álbum criado com a atual formação em trio, já sem Diron, que saiu há dois anos para prosseguir carreira a solo.

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