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Manufactum mostra artes e ofícios até 5 de maio na Cordoaria Nacional

O Manufactum - 1º Salão de Artes & Ofícios vai apresentar as vertentes de formação, produção, conservação e restauro de património entre hoje e o dia 05 de maio, no Torreão Poente da Cordoaria Nacional, em Lisboa.

Manufactum mostra artes e ofícios até 5 de maio na Cordoaria Nacional
Notícias ao Minuto

16:30 - 26/04/19 por Lusa

Cultura Lisboa

Organizado pela Fundação Ricardo do Espírito Santo Silva (FRESS) no âmbito das comemorações no seu 66.º aniversário, o evento, com entrada gratuita, vai funcionar entre as 12:00 e as 20:00.

Mestres e artífices da FRESS irão desenvolver oficinas de passamanaria, pintura de azulejo, gravação de couro, talha, marcenaria, papel marmoreado, douramento e reciclagem de materiais.

Paralelamente, vão decorrer palestras e conferências sobre os ofícios tradicionais portugueses e o mercado de luxo aliado à manufatura tradicional.

No evento estão também representadas algumas lojas de Lisboa que preservam os estabelecimentos de comércio tradicional da capital, reativando a sua atividade.

Entre outras, vão marcar presença na Cordoaria Nacional as lojas Leitão & Irmão, Bahia Joias, Hospital das Bonecas e Chapelaria Azevedo Rua.

No sábado, às 18:00, decorre a sessão de abertura oficial, com a presença da ministra da cultura, Graça Fonseca.

Em 1953, o banqueiro e colecionador Ricardo do Espírito Santo Silva doou o Palácio Azurara e parte da sua coleção privada ao Estado Português criando uma fundação com o seu nome, como museu-escola, com a finalidade de proteger e divulgar as artes decorativas portuguesas e os ofícios com elas relacionadas.

Atualmente, além do Museu de Artes Decorativas, a Fundação tem 18 oficinas de artes e ofícios tradicionais portugueses que desenvolvem a atividade e dão formação na intervenção especializada de património português nas vertentes de conservação e restauro.

Em 2014, a instituição passou por dificuldades, na sequência da falência do Grupo Espírito Santo, seu único mecenas, que chegou a provocar vários meses de salários em atraso dos seus 70 funcionários.

Num debate realizado no ano passado na Central Tejo, intitulado "O papel das empresas na preservação e promoção do Património Cultural", Conceição Amaral, administradora executiva da FRESS, recordou os tempos "dramáticos" passados por aquela instituição nesse ano.

"No entanto, conseguimos ultrapassar esses maus momentos com o apoio das parcerias realizadas com a Santa Casa da Misericórdia e a Câmara Municipal de Lisboa. Ainda não temos mecenas, estamos a restruturar e a consolidar internamente para credibilizar" a entidade, disse na altura, a responsável.

Sobre a responsabilidade cultural e social das empresas e da sociedade em geral, indicou que uma das grandes necessidades é a de emprego para os alunos que saem das suas escolas de arte, que "têm muita dificuldade em conseguir entrar no mercado de trabalho".

Também em 2014, a Direção-Geral do Património Cultural - justificando que a coleção de arte da FRESS era um património relevante para o país - abriu um processo de classificação da coleção reunida por Ricardo Ribeiro Espírito Santo Silva (1900-1955), que se destacou como o maior colecionador de arte portuguesa do século XX.

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