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'Avengers: Endgame' é o fim de uma era. E é para os fãs, com amor

O capítulo final da saga ‘Vingadores’ chega esta quinta-feira aos cinemas. O Notícias ao Minuto já viu e deixa uma breve impressão, mas sem spoilers.

'Avengers: Endgame' é o fim de uma era. E é para os fãs, com amor
Notícias ao Minuto

09:00 - 25/04/19 por Anabela Sousa Dantas

Cultura Cinema

Se fosse uma religião, dir-se-ia que ao 22.º dia descansaram. Ninguém descansou, não passaram 22 dias (foram antes 22 filmes ao longo de 11 anos) e este não é o fim no sentido bíblico. É inegável, porém, que é uma questão de adoração, e, nisso, os estúdios Marvel deixaram um novo testamento.

‘Avengers: Endgame’ chega hoje aos cinemas nacionais para terminar a saga ‘Avengers’ iniciada em 2012, mas é mais do que isso. É um parágrafo numa sucessão de convergências iniciada em 2008 com ‘Iron Man’, sob a tutela do Universo Cinemático da Marvel (MCU), onde os vários universos ficcionais se cruzam e interligam em diferentes títulos.

Todos os caminhos vieram dar aqui, ao ‘Avengers: Endgame’, e os seus criadores – os argumentistas Christopher Markus e Stephen McFeely, e a dupla de realização Anthony e Joe Russo – não foram nada tímidos no manuseamento de tão extenso catálogo.

A história de ‘Endgame’ começa onde terminou ‘Infinity War’ (2018), quando o vilão Thanos (Josh Brolin) transformou em pó metade das “criaturas vivas” do universo, incluindo um punhado de super-heróis. Ficaram muitas perguntas no ar e ‘Endgame’ responde, mas esse não é o intuito da longa-metragem.

Este quarto filme da saga ‘Avengers’ não é como os anteriores, pelo menos, não na catarse. O tom é sombrio, uma espécie de subversão daquilo que o fã comum espera de um filme de super-heróis, há menos super-heróis e menos tempo para um argumento complexo. E não é defeito, é feitio (um ou dois super-heróis sugerem vários nomes de filmes, a meio de ‘Endgame’, para comparar com uma ideia colocada em cima da mesa).

As três horas de filme são, porém, pontuadas com momentos deliciosos de ‘comic relief’, algo que vimos florescer de forma particular em ‘Thor: Ragnarok’, de Taika Waititi, e que aqui ganha forma num patamar diferente, uma outra subversão, a do arquétipo de super-herói. Em termos físicos, vá.

O que é ‘Endgame’, afinal? É um agradecimento aos fãs, um bilhete de despedida com a lembrança de tempos idos e a promessa de algo novo. É uma homenagem: aos super-heróis dos vários universos, que se foram cruzando ao longo de 11 anos; às mulheres, que chegaram para ficar (e liderar); a Stan Lee, também. Ninguém é esquecido num emaranhado de momentos magnânimos, criados para todos mas especialmente para quem segue o universo partilhado desde o início. Vemos muito de algumas personagens e muito pouco de outras, mas a mensagem reside na soma das partes, que apelará à comoção de um séquito fiel (à hora que se escrevem estas linhas, na véspera da estreia, a hashtag #AvengersEndgame está no topo das tendências do Twitter em Portugal).

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