Mala Voadora no Porto estreia três peças seguidas em 'Triple Bill'
O espaço da companhia de teatro Mala Voadora, no Porto, vai acolher de sexta-feira a domingo 'Triple Bill', a estreia de três peças, de Susana Paixão, Joana Mont'Alverne e Joana Magalhães, apresentadas em sessão contínua.
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Cultura Teatro
O ciclo arranca com 'Sheherazade - A milésima segunda história de Xerazade', de Susana Paixão, seguido de 'Desfile Provisório', de Joana Mont'Alverne, e 'Haiku', de Joana Magalhães, começando pelas 21h00 e terminando antes das 23h00, hora de uma conversa com as artistas.
'Triple Bill' decorre da bolsa de criação Recurso, atribuída em 2018 pela Estrutura em parceria com a Mala Voadora e o dramaturgo José Maria Vieira Mendes, numa iniciativa abrangida pelo programa camarário Criatório, que incluiu um curso de teoria e criação teatral e outro núcleo de investigação, culminando na apresentação pública dos três projetos vencedores.
A primeira peça, dirigida por Susana Paixão, que divide o palco com Joana Magalhães, que virá depois a apresentar "Haiku", parte do conto 'A milésima segunda história de Xerazade', do norte-americano Edgar Allan Poe (1809-1849).
Publicada em 1845, trata-se de uma história humorística que aqui é explorada com recurso a vídeo, 'videomapping' e a um trabalho de vozes que inclui o Coro Feminino e o Grupo de Fado do Círculo Católico de Operários do Porto.
O segundo trabalho, 'Desfile Provisório', é "um espetáculo de teatro que é um desfile de moda", pode ler-se na sinopse disponibilizada no sítio 'online' da Mala Voadora.
A criação e conceção plástica ficou a cargo de Joana Mont'Alverne, que foca a questão do desfile numa 'passerelle' no texto promocional, reforçado por um elenco de sete pessoas.
Ainda assim, a criadora prefere não "explicar o espetáculo" por não querer "fechar um espaço de interpretação que se quer aberto", uma vez que, acredita, "qualquer explicação de um projeto induz uma leitura, condiciona".
A apresentação de 'Haiku', o último espetáculo em cada uma das três noites, define o trabalho de Joana Magalhães como "um elogio à preguiça (pecado capital) e preguiça (animal), ambas em vias de extinção".
Funcionando como "um prólogo melancólico e contemplativo" de uma futura peça maior, este é um 'haiku', uma forma poética curta oriunda do Japão, formulado como "resposta ao 'hiper-tudo' pós moderno e uma apologia e representação sintetizada" do que a criadora apelida de "teatro contemplativo".
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