Espetáculo de estreia da Companhia Paulo Ribeiro regressa ao palco
O primeiro espetáculo que a Companhia Paulo Ribeiro apresentou em Viseu, há 20 anos, e que deu início à conquista do público da cidade para a dança, volta a subir ao palco do Teatro Viriato, na sexta-feira e no sábado.
© Paulo Ribeiro
Cultura Viseu
Segundo o coreógrafo Paulo Ribeiro, 'Memórias de Pedra/Tempo Caído' foi uma peça "criada em Viseu e para Viseu", com o objetivo de deixar uma primeira boa impressão na cidade.
Hoje, em conferência de imprensa, o coreógrafo lembrou que era a primeira vez que a Companhia Paulo Ribeiro se ia apresentar em Viseu com condições dignas, no requalificado Teatro Viriato, e que tinha de ser "uma boa primeira vez".
"A peça foi criada a pensar na cidade, a tentar levar a cidade a gostar da dança e a ter um olhar diferente daquele a que estaria habituada", frisou, acrescentando que "correu muito bem" e que esta foi a primeira de uma série de muitas outras.
Na opinião de Paulo Ribeiro, "é essencial a cultura de hoje ter memória, poder olhar para trás e perceber que património é que tem".
'Memórias de Pedra/Tempo Caído', que aborda a intemporalidade de Portugal ao longo dos anos, é "uma obra muito dinâmica, muito festiva", com "bastante sentido de humor, que faz uma pequena caricatura dos tiques comportamentais", contou.
O coreógrafo explicou que este trabalho "tem um olhar de construção e desconstrução em relação a esse modo de ser, de estar e de viver, mas de forma pictórica, plástica".
"É uma peça feita no interior (do país), mas de grande extroversão e de grande capacidade de comunicação para fora", frisou, lembrando que teve várias apresentações de sucesso no estrangeiro.
Na sexta-feira e no sábado, subirá ao palco um elenco novo, com exceção de Romulus Neagu. Paulo Ribeiro recordou que, quando se mudou com a companhia para Viseu, apenas foi acompanhado por Leonor Keil.
"Tive de reformular toda a equipa e ter um elenco novo, que se fidelizou a cidade. A maior parte dele viveu aqui durante dois anos e o Romulus ainda cá está. Ajudou-me a remontar a peça e vai interpretá-la junto de uma geração mais jovem de bailarinos, todos eles muito interessantes", afirmou.
O coreógrafo explicou que gosta "de trabalhar as peças", mas 'Memórias de Pedra/Tempo Caído' tinha de ser fidedigna ao trabalho original apresentado há 20 anos.
Nesse âmbito, a interpretação apenas terá "pequenas notas, pequenos arranjos, que têm a ver com o ajustamento a este novo elenco, que não tem o mesmo número de mulheres e de homens que tinha" o original, acrescentou.
Haverá ainda "uma gracinha, que tem a ver com o momento presente" e que não quis revelar.
"Estou muito curioso de ver se a peça envelheceu ou não envelheceu", admitiu, acrescentando que, "mesmo que tenha algumas rugas", não haverá problema, porque "as rugas dão história".
Para o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, a reposição do espetáculo da Companhia Paulo Ribeiro "é um grande momento das comemorações dos 20 anos do Teatro Viriato".
O autarca disse ainda que pretende fechar as comemorações com um trabalho de Ricardo Pais, que, a 29 de janeiro de 1999, inaugurou a primeira temporada da nova vida do Teatro Viriato, com a apresentação do espetáculo 'Raízes Rurais, Paixões Urbanas'.
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