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Quadro de Da Vinci no valor de 400 milhões de euros em parte incerta

Uma história de intriga, mistério e muito, muito dinheiro. Museus de Abu Dhabi e Paris procuram pelo famoso quadro de Leonardo Da Vinci.

Quadro de Da Vinci no valor de 400 milhões de euros em parte incerta
Notícias ao Minuto

17:20 - 31/03/19 por Anabela Sousa Dantas

Cultura Polémica

O quadro ‘Salvator Mundi’, atribuído a Leonardo Da Vinci, foi uma venda de arte muito disputada em 2017, tendo acabado por conseguir o exorbitante valor recorde de 450 milhões de dólares (cerca de 400 milhões de euros), tornando-se na pintura mais cara do mundo. Agora, os museus não sabem onde está.

Conforme explica o New York Times, depois da venda, que foi feita a um comprador privado, o Museu do Louvre de Abu Dhabi (um franchise do Louvre de Paris), nos Emirados Árabes Unidos, anunciou que iria exibir a pintura, que é uma representação de Jesus Cristo.

Não foi explicado como é que o comprador anónimo e o museu chegaram a acordo, mas o próprio museu fez o anúncio nas redes sociais. No entanto, mais de um ano depois, a pintura ainda não foi vista em exposição.

Os funcionários do museu de Abu Dhabi dizem que nunca viram o quadro e o ministério da Cultura saudita não dá explicações sobre o incidente. O Louvre de Paris, que pertence ao governo francês, também já tentou descobrir o paradeiro da pintura, mas sem sucesso.

Notícias ao Minuto'Salvator Mundi' (O Salvador do Mundo) terá sido pintado em 1500 e esteve perdido até ao século XIX© Reprodução

O jornal norte-americano já havia avançado, anteriormente, que o tal comprador anónimo era Bader bin Abdullah bin Mohammed bin Farhan al-Saud, membro afastado da família real, que entretanto se tornou ministro da Cultura da Arábia Saudita. Este teria sido, no entanto, apenas um intermediário para o príncipe herdeiro Mohammad bin Salman, que, recorde-se, é acusado de envolvimento na morte do jornalista Jamal Khashoggi.

O NYT refere que uma teoria é de que Mohammad bin Salman, um homem “impulsivo” e com “um gosto por troféus valiosos”, decidiu ficar com o quadro.

Os peritos de arte falam numa decisão “trágica” e “injusta”. “É muito injusto privar o mundo e os amantes de arte de uma obra prima tão rara”, diz Dianne Modestini, professora de arte da Universidade de Nova Iorque.

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