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Aldeia submersa de Vilarinho da Furna inspira exposição em Paris

A artista plástica portuguesa Clara Sarracho de Almeida inspirou-se na aldeia submersa de Vilarinho da Furna, no Gerês, para a sua exposição no espaço art.exprim, em Paris, onde explora a arquitetura e a desconstrução dos espaços.

Aldeia submersa de Vilarinho da Furna inspira exposição em Paris
Notícias ao Minuto

11:50 - 30/03/19 por Lusa

Cultura Gerês

"A exposição não é sobre Vilarinho da Furna. Claro que há fotografias do espaço, mas é algo mais lúdico do que falar ou documentar o sítio", afirmou Clara Sarracho de Almeida, em declarações à Lusa, na abertura da sua mostra.

'A moi de jouer' ('A minha vez de brincar' em português), exposição individual da artista portuguesa, foi inaugurada ao final do dia de sexta-feira, e vai ficar patente até ao 18 de maio, no espaço da art.exprim, em Paris. As imagens usadas na exposição foram tiradas na aldeia de Vilarinho da Furna, uma aldeia parcialmente submersa no Gerês, e que impressionou a artista.

"Foi um espaço que me surpreendeu muito pela arquitetura, por poder nadar, deambular, ver os espaços, pela força da barragem que é algo muito antinatural, e este ano propuseram-me expor aqui [em Paris], e Vilarinho da Furna passou-me novamente pela cabeça", disse a artista.

Clara Sarracho de Almeida vive em Paris há seis anos e concluiu recentemente os seus estudos na Escola Superior de Belas Artes de Paris, tendo já exposto em Tóquio, Bruxelas, Halifax, Bielorrússia e em diversas cidades em França.

Sarracho de Almeida está atualmente numa residência artística no coletivo Curry Vavart, em Bagnolet, nos arredores de Paris.

Esta exposição reúne três obras inéditas da artista portuguesa, preparadas especialmente para esta ocasião, com uma instalação de vídeo, uma instalação de fotografia recortada e montada em cavaletes e uma maqueta em papelão.

"Brinco com dimensões diferentes e os cavaletes são muito maiores do que é habitual. O espectador tem de se movimentar para observar melhor as imagens. Não há imagens diretas, elas estão lá de forma pouca explícita e brinco como se tirasse peças e a arquitectura se movimentasse", explicou a artista.

O convite para expor no art.exprim surgiu de Marine Bernier, coordenadora das exposições neste espaço, depois de ter visto uma obra da artista portuguesa noutra exposição coletiva.

"Achei que seria interessante convidá-la para fazer aqui uma exposição e desenvolver o seu trabalho, já que damos também muita importância a expor jovens artistas. Demos-lhe carta branca para fazer o que quisesse neste espaço e ela interessou-se por ele. [...] Estou muito satisfeita por poder expor o seu trabalho", indicou Marine Bernier.

O espaço art.exprim surgiu em 2000, tem sede no 18.º bairro e o seu principal objetivo é a democratização da arte, promovendo vários ateliers de artes com preços acessíveis, fazendo exposições e trabalhando com mais de 100 escolas em Paris, em diferentes projetos artísticos.

Esta exposição contou com o apoio do Centro Cultural Camões em Paris, e faz parte do festival Lusoscopie, uma parceria entre o Centro Cultural Camões em Paris e a Embaixada de Portugal em França.

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