Integração da cultura na Porto Lazer já fez uma 'baixa'
A Câmara do Porto confirmou na segunda-feira à noite que cessou a comissão de serviço da Diretora Municipal de Cultura, Mónica Guerreiro, devido à integração da área da cultura na empresa municipal Porto Lazer.
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Cultura Autarquia
"A Câmara do Porto confirma que no âmbito da restruturação em curso, devido à integração da área cultural na empresa municipal, cessou a comissão de serviço da diretora municipal de cultura", lê-se na resposta enviada à Lusa.
De acordo com a autarquia "o procedimento é idêntico ao seguido aquando da criação da empresa municipal do Ambiente em que também aquela direção deixou de ser ocupada na Câmara Municipal, a fim de não duplicar competências".
A questão foi levantada na Assembleia Municipal do Porto pela deputada do grupo municipal do Bloco de Esquerda, Susana Constante Pereira, que questionou o presidente da autarquia sobre o afastamento daquela dirigente municipal, uma questão que não chegou a ser respondia por Rui Moreira durante a assembleia.
A autarquia anunciou, em 28 fevereiro, que a Porto Lazer vai ser transformada na empresa de cultura e desporto da cidade, depois de uma alteração legislativa que exceciona do cumprimento de metas económico-financeiras as empresas municipais que desenvolvam atividade nestas duas áreas.
A criação de uma empresa de cultura no Porto foi decidida a 12 de julho de 2017 pela Assembleia Municipal, que então aprovou, por proposta do Executivo presidido por Rui Moreira, a sua concretização.
Contudo, o Tribunal de Contas veio a rejeitar o visto prévio à empresa, por considerar, segundo a autarquia, "que os pressupostos para a criação de empresas municipais nesta área eram diferentes dos requisitos para o seu encerramento, obrigando a que cumprisse metas económicas impossíveis de alcançar na atividade cultural".
Esta nova redação "permite que, na prática, a Porto Lazer possa ser transformada numa empresa municipal que cumpra simultaneamente as duas funções [cultura e desporto], sem que incorra no risco de incumprir os critérios económicos das empresas municipais e ser obrigada ao encerramento", explicava na ocasião a autarquia em comunicado.
Já no dia 06 de março, Rui Moreira revelou que a nova empresa municipal de cultura e desporto da cidade, poderá vir a chamar-se Ágora.
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