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Olivia Colman surpreende e vence o Óscar de Melhor Atriz

Filme de Yorgos Lanthimos valeu o primeiro Óscar a Olivia Colman, que interpreta uma muito intensa e instável rainha Ana.

Olivia Colman surpreende e vence o Óscar de Melhor Atriz
Notícias ao Minuto

03:58 - 25/02/19 por Anabela de Sousa Dantas

Cultura Cinema

Era a primeira nomeação e foi a primeira vitória nos Óscares para Olivia Colman, uma atriz de comédia que encontrou no filme ‘A Favorita’, de Yorgos Lanthimos, a oportunidade para a sua 'tour de force' de representação.

Embora Glenn Close fosse apontada mais vezes como a provável vencedora, Colman tinha a seu favor o facto de ter ganhado o BAFTA pelo seu papel como rainha Ana.

Visivelmente emocionada, agradeceu à equipa e às nomeadas, em especial a Close, manifestando um misto de apreciação e choque. "Isto é genuinamente bastante stressante. Isto é hilariante. Tenho um Óscar", afirmou.

"Isto não volta a acontecer", disse a atriz de 44 anos, como se falasse consigo própria.

‘A Favorita’ explora a relação entre a rainha Ana de Inglaterra, última monarca da casa Stuart, e Sarah Churchill, duquesa de Malborough e sua amiga de infância, numa relação tão estreita que terá tornado esta última numa das mulheres mais poderes da corte, no início do século XVIII. Os rumores dizem que as duas terão mantido também uma relação lésbica. É neste enquadramento que entra Abigail Masham, baronesa de Masham, uma prima de Sarah, que também quer trabalhar na corte real.

Abigail Masham, no filme interpretada por Emma Stone, entra no filme como uma pedrado no charco perfeitamente controlado por Sarah Churchill (Rachel Weisz), na luta pela atenção da rainha Ana (Olivia Colman).

O filme de Lanthimos é uma fina chávena de chá envenenado servido com um sorriso. As duas mulheres iniciam uma contenda em várias frentes pela atenção de Ana, cujas várias maleitas (doente com gota e extremamente instável, a saltitar entre a amiga delicada e a criança petulante) a tornam necessitada de muita atenção.

Olivia Colman não tem um papel tão ativo como as suas colegas de ecrã, mas acaba por ser uma força motriz do filme, magnetizando o comportamento das outras personagens. A interpretação é pautada por furiosas alterações de humor, ora oferecendo presentes ora berrando aos ouvidos de um pajem. Destruída pelos infortúnios da vida (tem no quarto um coelho por casa filho que perdeu, são 17), Colman apresenta uma rainha Ana é tão vulnerável quanto intolerante.

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