Obra flamenga do século XVII vai ser cedida pelo Novo Banco a museu
O Museu Municipal de Faro vai passar a exibir, a partir de terça-feira, a pintura flamenga do século XVII 'Torre de Babel', ao abrigo de um protocolo entre o município de Faro e o Novo Banco, anunciou a entidade bancária.
© Getty Images
Cultura Faro
O protocolo com a Câmara de Faro vai permitir a cedência desta pintura a óleo de autor desconhecido, que faz parte da coleção de pintura do Novo Banco Cultura, e passa a ser uma das 27 "obras de grande relevo cultural" a serem "colocadas em exposição permanente em 15 museus de várias regiões do país", precisou o banco num comunicado.
O Algarve segue-se assim a Castelo Branco, Guarda, Guimarães, Setúbal, Caldas da Rainha, Figueiró dos Vinhos, Lisboa, Viseu, Torres Novas, Óbidos, Madeira e Açores, que previamente também receberam obras das coleções da entidade bancária para exposição permanente em museus locais, enumerou a mesma fonte.
O protocolo vai ser assinado numa cerimónia marcada para terça-feira, às 18h00, no Museu Municipal de Faro, que contará com a presença do presidente da Câmara algarvia, Rogério Bacalhau, e do diretor executivo (CEO - Chief Executive Officer, em inglês) do Novo Banco, António Ramalho.
A Torre de Babel é uma pintura a óleo, feita na Flandres, em finais do século XVII, e representa a construção desta torre bíblica, mostrando "a capacidade dos pintores flamengos de, num espaço de pequenas dimensões, ilustrarem todo um universo de narrativas e pormenores, graças a uma técnica exímia no trabalho da pintura a óleo", contextualizou a entidade bancária.
'A valiosa obra seiscentista, da escola Flamenga', passará a estar exposta "na sala da pintura antiga do Museu Municipal, ficando agrupada com as restantes telas de temas religiosos, enriquecendo este acervo que dá a conhecer diferentes escolas e estilos artísticos", congratulou-se a autarquia de Faro.
O protocolo entre o município de Faro e o Novo Banco é feito no âmbito da parceria anunciada em 2018 entre o Estado e esta instituição bancária, que vai permitir, até ao primeiro semestre deste ano, ceder um total de 37 obras a 20 museus de 14 regiões do país.
Esta iniciativa está integrada na estratégia do Novo Banco - adquirido pelo fundo norte-americano Lone Star - para realizar parcerias com entidades públicas e privadas, como museus e universidades, para depósito do seu património cultural e artístico.
O património cultural e artístico do Novo Banco inclui a Coleção de Pintura, com cerca de cem quadros do século XVII ao século XX, a Biblioteca de Estudos Humanísticos de Pina Martins, que está à guarda da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, a Coleção de Numismática e a Coleção de Fotografia, já qualificada pelo presidente do Novo Banco como "a joia da coroa".
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