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A mãe é que sabe: Eis a lição de vida do livro infantil 'Simão Balalão'

Simão Balalão vive numa ilha e sonha partir em busca de novos horizontes.

A mãe é que sabe: Eis a lição de vida do livro infantil 'Simão Balalão'
Notícias ao Minuto

15:30 - 11/02/19 por Filipa Matias Pereira

Cultura Olinda Beja

Simão Balalão é um menino – ou melhor, uma personagem - ‘sui generis’. Vive num ilhéu e tem em si, como diria Fernando Pessoa, “todos os sonhos do mundo”. Deseja, lá no âmago, partir e ir em busca de novos horizontes.

Porém, a vida acaba por lhe ensinar algumas lições e percebe que os conselhos da mãe é que são verdadeiramente sapientes. E é assim que descobre que, como se diz na língua santomé, "tela non sa tela non" ("a nossa terra é a nossa terra").

Mais do que uma história de sonhos, de aprendizagens e de conquistas, esta obra da autora Olinda Beja é igualmente um retrato da sociedade são-tomense atual, mas que se pode replicar a tantas outras. Na narrativa infantil são trazidas à liça questões pertinentes como as ambientais, as sociais, ou ainda a preocupação com os mais velhos – valores intemporais em qualquer sociedade.

Com a chancela da Editorial Novembro, o livro lançado recentemente apresenta uma imagem verdadeiramente atrativa para os mais pequenos. Ao folhear a obra que conta a história de Simão Balalão, os mais pequenos render-se-ão, certamente, ao seu design colorido, enquanto viajam, pelas mãos de Olinda Beja, pelas histórias deste pequeno sonhador.

Olinda Beja na primeira pessoa

Poeta e narradora de São Tomé e Príncipe, Olinda Beja cedo rumou a Portugal. Tinha apenas dois anos e meio quando fez a travessia e deixou o país que a viu nascer. Deixou para trás, involuntariamente, a história de um país que sente que lhe pertence. E é através da sua obra poética que tenta reconstruir a sua identidade e perpetuá-la na sua memória.

Ao mesmo tempo, a escritora celebra, na tensão entre os dois mundos, África e Europa, a festa da mestiçagem e o encontro de culturas. Em 2013, Olinda Beja venceu ainda o maior prémio literário de São Tomé e Príncipe, o Francisco José Tenreiro, pela obra ‘A Sombra do Ocá’.

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