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Peça 'Pelo Próprio Pé' sobe ao palco em Ponta Delgada

Os atores Miguel Mendes e Nelson Cabral levam ao palco do Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, sexta-feira e sábado, a peça 'Pelo Próprio Pé', espetáculo em que refletem sobre o teatro, a tecnologia e o planeta.

Peça 'Pelo Próprio Pé' sobe ao palco em Ponta Delgada
Notícias ao Minuto

23:00 - 17/01/19 por Lusa

Cultura Teatro

Os dois criadores partem de 'Piolhos e Atores', uma peça do dramaturgo espanhol Sanchis Sinisterra, que encenaram há dez anos, na qual há duas personagens, que são atores de teatro, há quatro séculos, e transpõem as personagens para o século XXI, num espetáculo encenado por António Capelo.

Em "Pelo Próprio Pé", Rios, interpretado por Nelson Cabral, e Solano, interpretado por Miguel Mendes, pretendem levar a palco um texto clássico europeu, num contexto atual, mas entram em conflito em relação ao papel que a tecnologia deve assumir no espetáculo.

É partindo desse ponto que pretendem refletir sobre "o que é o teatro, sobre o papel também do público do teatro, o que é que o público levava para casa do trabalho dos atores", mas também, "sendo o teatro um espelho do que é a sociedade", o papel da tecnologia nessa forma de arte, explicou o ator açoriano Nelson Cabral.

"Houve um outro vetor muito importante para a peça que é o planeta, a natureza", que, surgiu, também pelo facto de a obra ter sido criada para estrear nos Açores, onde se sente "essa conexão e essa força" da natureza, adiantou.

"Uma pessoa chega de avião aqui e já sente o próprio planeta, pensa no norte, no sul, no este, no oeste, até parece que já sentimos para que lado é que o planeta gira, que é algo que no continente não sentimos", afirmou o lisboeta Miguel Mendes.

Essa ideia da constante noção dos pontos cardeais é explorada na peça, já que "o mundo está desnorteado e é engraçado que a personagem que vem do continente, logo no princípio, perde a bússola", considerou.

Apesar de ter sido criada "precisamente para esta estreia, para este teatro", Nelson Cabral garante que a mensagem de que "a humanidade pode muito melhor, e muito mais eficazmente, decidir os seus próprios destinos 'pelo próprio pé' é transversal".

Estão apenas agendados, para já, os espetáculos de sexta-feira e sábado, com lotação reduzida a 100 pessoas, por ser feito com bancada no palco.

Esta é uma opção que consideraram essencial para "comungar de uma mesma experiência, mais sensorial até, em que as coisas se cheiram, em que há uma interação com o público bastante grande, em que o público, eventualmente, até fará alguma das personagens. Este formato é o mais eficaz para isso".

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