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'A Fábrica de Nada' impulsiona mostra de cinema português em Bruxelas

A descoberta do filme 'A Fábrica de Nada' tornou-se o pretexto ideal para o cinema Nova, em Bruxelas, dedicar, a partir de quinta-feira, a sua programação a revelar a obra de Pedro Pinho e da produtora portuguesa Terratreme.

'A Fábrica de Nada' impulsiona mostra de cinema português em Bruxelas
Notícias ao Minuto

18:28 - 07/01/19 por Lusa

Cultura Programação

Os cartazes que 'apregoam' a exibição de 'A Fábrica de Nada' vislumbram-se nos cantos mais recônditos de Bruxelas, anunciando a retrospetiva da produtora portuguesa Terratreme que o público belga poderá descobrir no cinema Nova, entre 10 de janeiro e 03 de março.

"O cinema Nova é um cinema/sala de descoberta. Mais do que cinema de autor/independente, escolhemos filmes que não estão nos circuitos comerciais, que não são distribuídos. O nosso papel é revelar ao público o que ele não pode ver nas salas. Aguardámos que o filme chegasse às salas aqui na Bélgica, e, como não aconteceu decidimos, avançar", resume.

O premiado filme é o cabeça de cartaz da programação especial daquela sala escondida em plena baixa da capital belga.

"Descobrimos 'A Fábrica de Nada' num festival de cinema, em França, e quase um ano depois revimo-lo em Bruxelas, no festival de Cinéma Documentaire - Filmer à tout prix, quando ganhou o prémio UNIVERSCINÉ para melhor filme internacional", explica à Agência Lusa o realizador e programador daquela sala.

Breës, que era um dos três elementos do júri que escolheu o filme português como vencedor do galardão do festival belga, descreve-o como "um filme muito interessante, que cruza vários registos, desde a ficção ao documentário, sem esquecer a comédia".

"Ficámos bastante curiosos com o processo de realização e produção do filme", recorda. Ao mergulhar no processo de criação de Pedro Pinho, Breës deparou-se com a Terratreme, "um coletivo muito interessante".

A descoberta ampliou o foco da atenção e aquela que seria uma mostra dos filmes do premiado realizador espraiou-se para o catálogo da produtora de cinema criada em 2008, por um grupo de jovens cineastas.

"Estabelecemos contacto com eles, eles disponibilizaram-nos o seu catálogo. Vimos os filmes. A responsabilidade da seleção para esta mostra foi nossa. Os critérios foram variados. Em primeiro lugar, selecionámos os filmes que adorámos e que tínhamos vontade de exibir e que o público conhecesse. O segundo critério foi a qualidade, quer do filme em si, quer formal", enumera.

Condicionado pelo espaço limitado do pequeno cinema bruxelense, Breës quis apresentar "uma mescla" do que o público pode encontrar na Terratreme: "documentários, ficção, mas também curtas-metragens, filmes realizados por homens e por mulheres". "Tentámos que fosse um painel representativo e alargado do espólio da produtora", completa.

Prémio da Crítica em Cannes, o filme abre, na quinta-feira, a mostra no cinema Nova, na presença de Pedro Pinho.

A primeira projeção de 'Um Fim do Mundo' (na sexta-feira), de 'Bab Sebta' (no sábado) e de 'As Cidades e as Trocas' (domingo) será seguida de uma conversa com o realizador português, com a mostra a incluir ainda uma exposição de cartazes de filmes e concertos.

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