Japonês Haruki Murakami lidera corrida ao Nobel da Literatura

Num ano sem vencedores claros, o romancista japonês Haruki Murakami lidera esta semana a corrida ao prémio Nobel da Literatura, que será hoje anunciado em Estocolmo.

Japonês Haruki Murakami lidera corrida ao Nobel da Literatura

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Lusa
10/10/2013 06:44 ‧ 10/10/2013 por Lusa

Cultura

Prémios

Murakami, cujas obras estão traduzidas em mais de 40 línguas, incluindo português e é conhecido em todo o mundo por obras como "Kafka à Beira-mar", "Norwegian Wood" e "1Q84", encabeça a lista de apostas da Ladbrokes, com probabilidades de ganhar de 5/2.

Também perto do topo da lista da Ladbrokes estão a escritora canadiana Alice Munro, com 4/1 e a norte-americana Joyce Carol Oates, com 8/1.

Haruki Murakami é admirado pelas suas histórias bem arquitetadas, muitas vezes fantásticas, sobre o absurdo e a solidão da vida moderna, com a cultura pop em fundo.

Alice Munro escreve sobretudo contos, um género que raramente foi distinguido pelo comité Nobel, ao passo que Joyce Carol Oates tem uma carreira de cinco décadas ao longo da qual escreveu mais de 40 romances, bem como peças de teatro e poesia.

Em geral, contudo, há pouco consenso sobre quem ganhará o prémio, no valor de oito milhões de coroas suecas (925 mil euros), apontando os observadores para a escritora bielorrussa Svetlana Alexievich e para a argelina Assia Djebar como possíveis laureadas.

A identidade do vencedor será revelada hoje às 11:00, quando o secretário da Academia Sueca abrir a porta da sala do histórico edifício da Bolsa, situado na baixa de Estocolmo.

A Fundação Nobel indicou apenas que foram nomeados 195 autores, 48 dos quais pela primeira vez.

As deliberações da Academia Sueca são secretas e só serão divulgadas daqui a 50 anos, mas quem está de fora conhece alguns dos critérios que guiam a instituição -- e a fama literária não está entre eles.

"Nos últimos 15 anos, a Academia explorou as questões da qualidade literária, da evolução da literatura e do seu lugar num contexto histórico. É um trabalho fascinante", disse a chefe de redação do jornal sueco Haelsingetidningar, Gunilla Kindstrand.

"Para eles, pouco importa que o laureado seja conhecido ou não", acrescentou.

Ou, como observou o editor sueco Svante Weyler: "A Academia retira algum prazer de surpreender as pessoas e age de uma maneira ligeiramente irracional".

Por isso, para Weyler, depois da atribuição do Nobel ao chinês Mo Yan em 2012, cuja proximidade às autoridades de Pequim a tornou controversa, a Academia tem duas opções este ano: ou escolhe um escritor completamente apolítico ou um que seja politicamente empenhado, mas não de uma forma que perturbe o Ocidente.

"Svetlana Alexievich corresponde perfeitamente a essa descrição", comentou, numa opinião partilhada com Bjoern Wiman, editor de Cultura do diário sueco Dagens Nyheter, para quem "a Academia deveria há muito ter reconhecido repórteres do nível de Ryszard Kapuscinski", como é o caso de Alexievich, "uma autora documental que escreve reportagens polifónicas de nível excelente".

Wiman acrescentou que acredita firmemente que o prémio irá este ano para uma mulher, o que aconteceu apenas 12 vezes desde que foi pela primeira vez atribuído, em 1901.

 

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