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'Assédio' e 'toupeira' entre as candidatas a Palavra do Ano

De 'assédio' a 'toupeira', a lista das dez palavras candidatas a Palavra do Ano de 2018 está à votação a partir das 12:00 de hoje em www.palavradoano.pt, até 31 de dezembro, às 24:00, anunciou a Porto Editora, promotora da iniciativa.

'Assédio' e 'toupeira' entre as candidatas a Palavra do Ano
Notícias ao Minuto

12:15 - 01/12/18 por Lusa

Cultura Porto Editora

A lista de vocábulos candidatos à escolha pelos cibernautas é constituída por 'assédio', 'enfermeiro', 'especulação', 'extremismo', 'paiol', 'populismo', 'privacidade', 'professor', 'sexismo' e 'toupeira'.

A Palavra do Ano de 2018 será conhecida 'nas primeiras semanas de janeiro', segundo a mesma fonte.

A iniciativa A Palavra do Ano completa este ano uma década. A primeira vez que se realizou foi em 2009, tendo um grupo de linguistas desta editora, escolhido 'esmiuçar'.

A partir de 2010, a iniciativa 'democratizou-se' e passou a ser divulgada pela Porto Editora (PE) uma lista de dez palavras, das quais uma é a selecionada pelos cibernautas.

'Assédio' abre a lista das candidatas deste ano, uma escolha justificada pela PE pelos 'movimentos como 'Me Too', que colocaram o tema do assédio sexual na agenda, com vários casos envolvendo figuras públicas'.

O segundo termo a concurso é 'enfermeiro', escolhido pelos vários movimentos de protesto desta classe, ao longo deste ano. 'Os enfermeiros reclamam aumentos salariais, uma progressão mais rápida na carreira e a contratação de mais profissionais', recorda a PE.

'Especulação' é o terceiro termo da lista, relacionando-se com 'a especulação imobiliária, que atingiu níveis alarmantes nas grandes cidades e gerou um grande debate, nomeadamente sobre a polémica taxa Robles'', afirma a mesma fonte, referindo a proposta do ex-vereador do Bloco de Esquerda em Lisboa, Ricardo Robles, que visava controlar a especulação imobiliária.

'São cada vez mais frequentes as manifestações de intolerância e radicalismo, nomeadamente no espaço europeu, o que justifica uma crescente preocupação', e daí 'extremismo' fazer parte da lista de candidatas.

'Paiol' é outro termo a concurso, uma escolha justificada pelo 'caso do desaparecimento das armas do paiol de Tancos [no Ribatejo] que conheceu desenvolvimentos surpreendentes ao longo do ano, estando ainda por esclarecer completamente'.

Outra escolha possível é 'populismo', que faz parte da lista pelo facto de 'o discurso marcadamente populista ter tomado de assalto o debate público um pouco por todo o mundo, alimentando o surgimento de movimentos e líderes políticos que já conquistaram o poder em vários países'.

A entrada em vigor, em maio passado, do Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD), 'com uma série de novas medidas para defesa da privacidade dos cidadãos, na relação com empresas e instituições públicas ou privadas', justifica a escolha para votação da palavra 'privacidade'.

'Professor' é outro termo sujeito à eleição d''A Palavra do Ano'. 'Os professores continuam a lutar pela contabilização da totalidade do tempo de serviço prestado durante o congelamento de carreiras', afirma a PE.

'Sexismo' é outro termo que vai a votos. 'Esta forma de discriminação de pessoas ou grupos com base no seu sexo tem vindo a ser crescentemente denunciada, com vários casos mediáticos a alimentarem a discussão pública e a condenação social', justifica a editora.

Finalmente, 'toupeira', que se relaciona diretamente com o mundo futebolístico. 'A suspeita de que um clube de futebol nacional dispunha de uma rede de informadores no interior do sistema de justiça pôs em marcha a chamada 'Operação e-toupeira'', afirma a editora, referindo-se às suspeitas que pairam sobre Sport Lisboa e Benfica.

No ano passado, A Palavra do Ano escolhida foi 'incêndios', tendo participado na votação 30.000 internautas.

'Incêndios' alcançou 37% dos votos, impondo-se às restantes nove candidatas. O vocábulo 'incêndios' foi escolhido devido aos 'sucessivos incêndios' que se fizeram sentir durante o ano passado em todo o país.

O ano de 2017 'foi um dos mais trágicos de sempre, pela enorme quantidade de vítimas e pela dimensão da área atingida', justificou a Porto Editora, quando apresentou a lista de palavras candidatas.

No 2.º lugar, com 20% dos votos, ficou o vocábulo 'afeto' e, no 3.º, 'floresta', com 14% das escolhas.

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