Espetáculo celebra 4 anos de cante alentejano como Património Mundial
O grupo coral juvenil Rouxinóis do Alentejo e vários artistas, como Paulo Ribeiro e Pedro Mestre, atuam na quarta-feira, em Beja, num espetáculo comemorativo do 4.º aniversário da classificação do cante alentejano como Património da Humanidade.
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Cultura Beja
Segundo a Câmara de Beja, o espetáculo musical e etnográfico 'Ciclo do Vinho de Talha' pretende "homenagear o cante alentejano, o vinho de talha e o Alentejo" e vai decorrer a partir das 21:00, no Teatro Municipal Pax Julia, com entradas gratuitas.
O espetáculo, organizado pelo município, Centro UNESCO para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial e pela Associação Rouxinóis do Alentejo, é dedicado ao ciclo do vinho de talha, um "património milenar" que a Câmara de Vidigueira, em parceria com várias instituições, quer candidatar a Património Cultural Imaterial da Humanidade.
O Grupo Juvenil Coral e Etnográfico Rouxinóis do Alentejo, de Beja, e vários artistas vão recriar as fases do ciclo de produção artesanal de vinho de talha, uma prática de vinificação que foi criada pelos romanos há mais de 2.000 anos e é típica do Alentejo.
Em palco, os Rouxinóis do Alentejo vão estar acompanhados pelos músicos e cantadores António Caixeiro, Duarte Farias, Francisco Fanhais, Joana Santos, Jorge São Pedro, José Diogo Bento, Paulo Colaço, Paulo Ribeiro e Pedro Mestre e pelos grupos corais Os Camponeses de Vale de Vargo, Estrelas do Alentejo, de Santa Vitória, e Cantadores do Desassossego, de Beja.
O Grupo Juvenil Coral e Etnográfico Rouxinóis do Alentejo é formado por cerca de 30 crianças de escolas dos 1.º e 2.º ciclos do ensino básico, que ensaiam ao longo do ano letivo, uma vez por semana, com os professores Joaquim Mariano e José Diogo, no Centro UNESCO de Beja.
Segundo o município, o grupo foi formado no ano 2000, na Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Beja, para representar Portugal num festival juvenil de música na Hungria.
Desde então e até 2008, o grupo cantou modas de cante alentejano e apresentou várias histórias etnográficas, como as do ciclo do pão e do azeite, com recurso a mímica e utensílios usados em artes e ofícios tradicionais do Alentejo.
Há cerca de dois anos, os Rouxinóis do Alentejo regressaram ao ativo com o apoio do grupo Cantadores do Desassossego.
As comemorações do 4.º aniversário da classificação do cante alentejano como Património da Humanidade incluem também o Cante Fest em Serpa e um "workshop" em Castro Verde, no distrito de Beja.
Promovido pela Câmara de Serpa, o Cante Fest, com várias iniciativas, começou na sexta-feira, em Lisboa, e termina na terça-feira, na cidade alentejana, com a cerimónia de comemoração do 4.º aniversário da classificação, a partir das 18:00, na Casa do Cante.
O "workshop" de cante alentejano, promovido pelo município e ministrado por cantadores, vai decorrer no sábado, no Cineteatro Municipal de Castro Verde.
O cante alentejano, canto coletivo sem instrumentos, foi classificado, a 27 de novembro de 2014, como Património Cultural Imaterial da Humanidade, pela UNESCO, graças a uma candidatura apresentada pela Câmara de Serpa e pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo.
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