Os anos passaram e já são muitos, mas o Rato Mickey foi capaz de resistir à evolução da imagem, da televisão e do cinema, da indústria do entretenimento em que está inserido. Muitas personagens, muitos géneros tiveram os seus altos e baixos – algo que não indiferente a este célebre rato – mas ao longo das décadas, a preto e branco ou a cores, desenhado de uma forma mais rústica ou com linhas mais modernas, o Rato Mickey manteve o carisma e uma popularidade à escala global. Revelou uma capacidade pouco comum de se adaptar às diferentes gerações, aos seus gostos e hábitos de consumo.
Criado por Walt Disney e Ub Iwerks, Mickey chegou às luzes da ribalta a 18 de novembro de 1928 na curta-metragem ‘Steamboat Willie’. Começou mudo, mas assobiava ao leme do barco e cativou o público de então. Tornou-se a figura de proa da Disney, as suas orelhas um símbolo imediatamente associado à empresa e ao seu universo animado.
Uma frase de Walt Disney tornou-se emblemática. “Eu só espero que nunca nos esqueçamos de uma coisa: que tudo começou com um rato”. Não foi esquecido. As séries de animação, os filmes, a banda desenhada, os bonecos e os parques de diversões, onde se pode conviver com o Rato Mickey, ajudaram a expandir e a solidificar a importância da personagem na cultura pop.
Agora apaga 90 velas num dos períodos mais dourados da bem sucedida história da Disney. A empresa tornou-se um império. Comprou a Lucasfilms e passou a ter os direitos da saga Star Wars e adquiriu a Marvel Studios, o que significou passar a deter o Universo Cinematográfico da Marvel. Mais recentemente comprou a Fox por 71,3 mil milhões de dólares (mais de 62 mil milhões de euros).
Coisa pouca para uma empresa que atualmente vale 172,8 mil milhões de dólares (mais de 150 mil milhões de dólares). Uma empresa espelhada e reconhecida pela silhueta do Rato Mickey.
